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Quem foi bem e quem foi mal entre os jogadores contratados pelo Tricolor neste ano.
O São Paulo encerrou a temporada de maneira decepcionante. A briga contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro até o fim simboliza o 2021 abaixo da crítica, apesar da conquista do Paulistão. Neste enredo, parte dos reforços decepcionou, enquanto outros conseguiram fazer a diferença em um ano irregular do Tricolor.
Durante o ano de Hernán Crespo e Rogério Ceni, o São Paulo contratou nove reforços, como os experientes Miranda e Eder, e jovens apostas como Bruno Rodrigues, que inclusive já deixou o clube há alguns meses. Confira abaixo um raio-x da performance desses atletas.
Miranda
Miranda em ação pelo São Paulo contra o Fluminense — Foto: André Durão
O veterano zagueiro retornou ao Morumbi 11 anos após deixar o São Paulo na condição de ídolo. Com Arboleda, principalmente, e com Léo, nas vezes em que o time atuou com três zagueiros, fez uma boa temporada. A defesa foi um dos pontos fortes da equipe, mesmo com a campanha que quase resultou em rebaixamento no Brasileiro. Tem mais um ano de contrato e deve continuar como titular absoluto.
Benítez
Benitez, do São Paulo, na partida contra o Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
O São Paulo ainda não confirma, mas o mais provável é que o argentino deixe o clube, como afirmou ao ge o seu empresário, Adrian Castellanos. Benítez chegou como o meia dos passes certeiros, foi bem no Paulista, mas a condição física, que já tinha sido um problema no Vasco, se manteve.
Sem conseguir repetir boas atuações e cumprir algumas funções defensivas cobradas pelos treinadores, primeiro perdeu espaço com Crespo, depois, com Rogério – que chegou a escalar o meia como titular no começo da passagem.
Segundo Castellanos, o São Paulo não tem condições de manter Benítez, seja por empréstimo ou definitivo. O clube já avaliava se tratar de um investimento alto para um retorno incerto.
Rigoni
Relembre gol de Rigoni contra o Atlético-GO
Foi, por um bom tempo, o melhor jogador do São Paulo na temporada. Chegou em maio, após o Paulistão, e ajudou o time a avançar na Libertadores e na Copa do Brasil. No Brasileiro, se destacava mesmo em meio à péssima campanha tricolor.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Lesionou-se quando Crespo, que avalizou sua chegada, foi demitido. Ao voltar, então com Rogério Ceni, não repetiu as mesmas atuações e terminou o ano com um jejum de 16 jogos sem fazer gols.
Eder
Eder comemora depois de anotar o primeiro gol com a camisa do São Paulo — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Chegou ao São Paulo após passagem pela China, mas credenciado pelo tempo em que atuou na Itália, onde, inclusive, defendeu a seleção local. Esperava-se mais do atacante veterano, que teve problemas de lesão, mas que, quando entrou em campo, não correspondeu.
Foram cinco gols em 29 jogos, a maioria deles entrando no segundo tempo. Com Crespo, Eder considerou pedir para deixar o São Paulo em dezembro, mas mudou de ideia com a chegada de Rogério Ceni. Ele tem contrato até o fim de 2022 e um salário considerado alto.
Calleri
Calleri comemora gol em clássico, sonha com título em 2022 e elogia garotos de Cotia
O argentino, sonhado por temporadas pela torcida após brilhar em 2016, voltou em agosto e não decepcionou. Ainda que tenha tido dificuldades – como todo o setor ofensivo tricolor no Brasileiro – conseguiu marcar gols importantes: foram cinco em 16 partidas que ajudaram a salvar o time do rebaixamento.
Tem contrato até o fim do ano que vem, quando o São Paulo terá que pagar US$ 3 milhões (quase R$ 17 milhões) para mantê-lo – uma cláusula obriga o clube a fazer o investimento se, até lá, Calleri atuar em pelo menos 30% dos minutos do time desde sua chegada.
Orejuela
Orejuela atuou pouco pelo São Paulo em 2022 — Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC
Chegou com status de titular da lateral direita, já que Daniel Alves estava atuando no meio de campo. Foi o principal investimento do clube no início do ano, 2 milhões de euros (cerca de R$ 12,6 na cotação atual) por 50% dos direitos.
Em campo, decepção. Foram 15 partidas, chances perdidas como titular. Do banco, viu Crespo e Ceni improvisarem jogadores na posição. Tem contrato até 2025, o que dificulta uma saída neste momento.
Bruno Rodrigues
Bruno Rodrigues durante a apresentação do São Paulo — Foto: Reprodução/Twitter
Foi o primeiro reforço a chegar ao São Paulo após se destacar na Série B de 2020 pela Ponte Preta. Chegou antes do técnico Hernán Crespo, e foi embora antes do argentino também. Com apenas sete partidas, teve o vínculo rescindido e se transferiu para Portugal.
William
William é anunciado pelo São Paulo — Foto: Reprodução/Twitter
Contratado de surpresa durante o Paulista, o volante de 35 anos só foi inscrito na fase final do estadual. Jogou pouco, só nove vezes, e sofreu com seguidas lesões. A última delas obrigou a realização de uma artroscopia no joelho em agosto que o afasta dos gramados desde então. Com contrato até o fim de dezembro, é improvável que tenha o vínculo ampliado.
Gabriel
Gabriel e Ademir em América-MG x São Paulo — Foto: Alessandra Torres/AGIF
Chegou ao São Paulo junto com Calleri, no meio do Brasileirão, mas ainda não se firmou. Por causa da limitação de cinco estrangeiros por partida, chegou a ser cortado de alguns jogos. É provável que ganhe mais tempo em campo no ano que vem. Agradou no último jogo da temporada, a derrota para o América-MG, quando foi titular.
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