São Paulo recalibra rota no mercado para evitar erros de 2021

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UOL

Diego Iwata Lima

O São Paulo está com uma postura diferente no mercado para a temporada 2022. Com Rogério Ceni tendo voz para apontar as carências e problemas do elenco, o clube do trabalha para gastar de modo mais certeiro do que em 2021, quando trouxe muitos nomes que, no geral, entregaram pouco futebol. Embora tenha um caixa combalido, o Tricolor não se omitiu e fez contratações de peso para a temporada que se encerra hoje. Mesmo assim, terminou o ano com um elenco desequilibrado e poucos casos de sucesso entre as novidades adicionadas ao time.

O maior sucesso fica por conta de Emiliano Rigoni. O argentino que estava no Elche (ESP) foi, de longe, o jogador de mais destaque entre os contratados pelo clube, aliando versatilidade e intensidade. Há ainda as contratações neutras, que não atrapalharam, mas também não brilharam. Gabriel Neves, vindo por empréstimo do Nacional (URU) não jogou necessariamente mal, mas também não foi o que se esperava em termos de qualidade e minutos. Tanto que fez apenas 11 jogos e nunca ameaçou conquistar um lugar entre os titulares.

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Já Miranda, 37, embora seja referência técnica do time, já não é o mesmo jogador de tempos passados. Ao menos atuou na maior parte dos jogos, mas sentiu o ritmo ao fim da temporada. Mostra segurança, mas faltou-lhe fôlego. As maiores decepções ficam por conta de Orejuela, Benitez, Eder e Willian. O lateral colombiano vindo do Cruzeiro custou R$ 13,5 milhões e ficou devendo. Já foi emprestado ao Grêmio, onde atuará na temporada 2022.

O argentino Benitez, que chegou ao Tricolor após mostrar lampejos técnicos no Vasco, foi sempre uma esperança da torcida quando esteve fora do time, quase sempre lesionado. Mas, quando entrava, não justificava a adoração em torno de seu nome. Também não segue no clube. O volante Willian, revelado como atacante no Palmeiras no início dos anos 2000, chegou ao São Paulo com status relevante adquirido durante excelente e longeva passagem pelo futebol mexicano. Mas no Tricolor, passou mais tempo lesionado do que em campo, e também não fica para o próximo ano. Fez apenas nove jogos com a camisa do clube.

Problemas físicos também assombraram o ítalo-brasileiro Éder, 35, de quem o clube deseja se livrar. Mas o jogador que veio do futebol chinês não deseja deixar o São Paulo, e não pretende facilitar uma rescisão contratual. Seu vínculo vai até o fim de 2022, e o Tricolor deve a ele direito de imagem. Por fim, fica a incógnita em torno do centroavante Jonathan Calleri, compatriota de Rigoni e Benítez. Xodó da torcida, pode ser considerado um acerto já no marketing. Em campo, tem mais potencial do que demonstrou neste ano. Foram cinco gols em 16 jogos, O empenho de sempre, mas sem um condicionamento físico ideal.

Nova leva em formação Para 2022, o São Paulo já acertou as vindas do meia Alisson, 28, e do lateral Rafinha, 36, do rebaixado Grêmio. A aposta é que o veterano resolva, enfim, um setor que há muito tempo aparece como um problema para o time. O goleiro Jandrei, revelado pelo Internacional com boa passagem pela Chapecoense e período no Genoa (ITA) também chega ao clube. O arqueiro estava no Santos, mas fez apenas um jogo pelo time litorâneo. Volpi enfim terá um reserva experiente.

Agora às buscas se concentram em jogadores para a zaga e em atletas de velocidade para atuar pelas pontas. Um meio-campista mais combativo e de imposição também está na lista. Essas são as demandas principais de Ceni, com o coordenador Muricy Ramalho corroborando. A dupla entende que faltaram opções para a montagem do time na reta final, enquanto havia redundância entre os atacantes e meias disponíveis.

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