GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
O presidente do São Paulo, Julio Casares, adotou um tom bastante otimista ao comentar sobre a rescisão com Pablo. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, o mandatário tricolor acredita que as partes estão perto de fechar um acordo que seja bom para todos, na medida do possível.
“Estou otimista, porque o Pablo tem um nível significativo de inteligência, o pai dele também. As conversas têm sido desenvolvidas com o Rui Costa [diretor-executivo de futebol], como tem que ser. O presidente só entra quando necessário. Estou muito otimista, é questão de tempo para o Pablo ter uma nova camisa e, quem sabe, ter uma vinculação de direitos econômicos ao São Paulo para uma possível futura venda para o exterior”, disse Casares.
Nesta janela o camisa 9 recebeu proposta do Ceará, disposto a pagar seu salário de forma integral, além de oferecer luvas pela assinatura de contrato de empréstimo, mas não se interessou. Posteriormente, o Santos também recebeu negativa do atleta, que sonha em voltar ao Athletico-PR, clube no qual viveu o auge de sua carreira.
“Eu fico à vontade pra falar sobre o Pablo, um grande atleta, um cara disciplinado, grande profissional. Ele foi contratado pela gestão anterior como a maior contratação da história do São Paulo. Ele nos ajudou a conquistar o Paulistão, o contrato dele é longo, tem alguns gatilhos, e nós achávamos que, como ele não faz parte do projeto para 2022, ele poderia mudar de ares e voltar a ter vitrine”, explicou Casares.
O grande entrave é o fato de o São Paulo desejar manter uma porcentagem dos direitos econômicos do jogador, além de receber R$ 3 milhões para liberá-lo de forma definitiva. Em 2018, o Tricolor pagou R$ 26 milhões para tirá-lo do Athletico-PR. O clube sabe que não irá recuperar o valor milionário, mas, ao menos, tenta amenizar o prejuízo.
“Acho que o Pablo é um atleta que pode voltar à vitrine do futebol brasileiro, e o São Paulo, que fez um grande esforço por ele na última gestão, tem um respeito grande por ele como tem com todo colaborador. Mas, o São Paulo em qualquer negociação tem que preservar os direitos da instituição”, comentou o presidente são-paulino.
“O futebol é muito dinâmico. Ele pode ter uma atividade grande, depois ter uma contratação por um time do exterior ou até voltar para o São Paulo. O jogador em um momento não brilha, mas ele vai, muda de ares e pode acabar brilhando. O São Paulo, mantendo direitos econômicos, pode ainda rentabilizar essa contratação, que foi da antiga gestão, como a maior da história do São Paulo”, finalizou Casares.
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