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Jamelli ganhou projeção no futebol após a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1993. O meia-atacante do Tricolor, então com 19 anos, foi o nome da épica final contra o Corinthians, marcando três gols na vitória por 4 a 3, e, embora tenham passado muito anos, o ex-jogador tem memórias bastante vívidas sobre aquele dia mágico para sua carreira.
“Me lembro como se fosse hoje, porque naquele campeonato eu jogava todos os jogos, mas não tinha feito gols. Em uma final desse tamanho, fazer três gols foi uma das melhores atuações que eu tive. Eu praticamente não errei nada. Defendi, fiz falta, tomei falta, fiz gol, fiz tudo naquele jogo. É um dos jogos mais importantes da minha vida”, relembrou Jamelli em entrevista à spfctv.
“Nós éramos promessas ainda, todos com 18, 19 anos. Era um time que estava jogando junto há muito tempo, com Ceni, Mona, Baresi, Doriva, Pereira, Catê, eu, o Toninho, Robertinho, André Luis, Pavão. Aquele time nosso já se conhecia desde os 13, 14 anos”, completou.
Mas, apesar da qualidade, o sub-20 do São Paulo quase foi eliminado ainda na fase de grupos da Copinha de 1993. Isso porque América de Rio Preto e Bahia somaram os mesmos seis pontos do Tricolor, e as vagas para o mata-mata tiveram de ser definidas fora das quatro linhas.
“A campanha de 1993 foi difícil, porque jogamos em Rio Preto contra o Bahia, América de Rio Preto e no final empatamos, foi um triplo empate, nos classificamos no sorteio, empatamos em todos os saldos de gols. Fomos campeões no final, mas quase ficamos fora”, afirmou.
“Voltamos pra São Paulo, o time começou a jogar bem, a passar de fase até a final contra o Corinthians, que na minha opinião foi a maior final da Copa São Paulo até hoje. Sabíamos que não seria moleza, mas sabíamos que a gente poderia ganhar, a gente confiava muito naquele time. O Márcio Araújo, o treinador, deu muita tranquilidade pra gente o campeonato todo. A gente vinha de uma semifinal que foi no antigo Parque Antarctica contra o Vitória, que tinha Dida, Vampeta, Paulo Isidoro, Júnior, Alex Alves. O Vitória tinha um timão”, prosseguiu Jamelli.
Na decisão contra o Corinthians, o São Paulo chegou a abrir 2 a 0, mas o rival empatou. O Tricolor voltou a ficar à frente no segundo tempo, mas novamente o Timão igualou o marcador. A vitória só foi selada restando dez minutos para o fim do tempo regulamentar graças a Jamelli, que a partir daí abriu caminho para sua trajetória no futebol profissional.
“O São Paulo chegou em trÊs finais de Libertadores, ganhou duas, ganhou os dois mundiais e tinha o melhor técnico que eu conheci, que foi o Telê Santana. Além de ser um exemplo como treinador, era um exemplo de vida. Daí em diante minha carreira começou a explodir. Naquele ano de 1993, depois 1994, foram os melhores anos para mim no São Paulo”, concluiu.
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