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Clube foca na dispensa de jogadores sem espaço e contrata três novos atletas para Rogério Ceni.
O São Paulo inicia o ano de 2022 com um elenco diferente do que terminou 2021, não necessariamente com um time mais forte – pelo menos por enquanto.
A direção usou as últimas semanas da temporada em que o clube quase foi rebaixado para dispensar jogadores que não fazem parte dos planos de Rogério Ceni – foram rescisões, empréstimos e o fim de vínculos que tiraram da Barra Funda 10 atletas.
Nesse período, três reforços foram contratados: o lateral Rafinha, o goleiro Jandrei e o meia-atacante Alisson.
Desses, só Rafinha chega com status de titular, já que a lateral direita é uma das posições mais problemáticas no time, que hoje só tem Igor Vinícius – Orejuela, contratado em 2021, não agradou e foi emprestado ao Grêmio.
Rafinha defendeu o Grêmio em 2021 — Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Por outro lado, a diretoria conseguiu renovar o contrato de Arboleda, zagueiro titular, no que foi considerada uma conquista importante para o time neste momento.
As movimentações no elenco tricolor não acabaram junto com 2021, porém.
O São Paulo continua atrás de reforços – o plano é ter seis novos jogadores para 2022.
O atacante Douglas Costa, do Grêmio, ainda está na mira. Ele tem uma proposta tricolor em mãos, mas só pretende analisar quando voltar de férias, na primeira semana de janeiro.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Ele é o alvo para uma posição prioritária para Ceni, a de um ponta driblador.
O São Paulo entende ser uma negociação complicada pelo salário de Douglas Costa, superior a R$ 1 milhão. Além disso, o Grêmio, rebaixado, não deve facilitar a saída do jogador, que terminou a temporada em atrito com torcedores.
Os cartolas também monitoram Soteldo nesse contexto. O venezuelano, ex-Santos, é uma cartada complicada. O Toronto, que o contratou em 2021 pelo equivalente a R$ 34 milhões, só topa vender o atleta – os valores estão fora das possibilidades do São Paulo.
O clube sonha com a possibilidade de contar com um investidor para concretizar contratações desse tamanho.
Com as próprias pernas, as condições do Tricolor são bem mais modestas – como as contratações já finalizadas demonstram. Endividado, o São Paulo tem buscado jogadores sem contrato.
Eder pode deixar o São Paulo — Foto: Erico Leonan / saopaulofc
Enquanto isso, a diretoria ainda tenta encontrar novos destinos para jogadores que não interessam a Ceni, casos de Pablo, Eder e Vitor Bueno – um trio que custa mais de R$ 1 milhão por mês em salários. Há uma prioridade em baixar a folha salarial, que em 2021 se aproximou de R$ 15 milhões mensais.
Por isso, prioriza trocas e empréstimos – rescisões dependem de acordos que, muitas vezes, custam muito ao clube e, por isso, acabam descartados.
Pablo tem interessados – o Ceará é quem tornou esse desejo público –, mas o acerto esbarra na condição imposta pelo São Paulo de que a equipe que o contratar banque todo o salário do atacante, que é alto. Vitor Bueno também foi oferecido ao time de Fortaleza, mas não houve interesse.
Já Eder, que tem mais um ano de contrato, recebeu sinalização da diretoria de que há interesse na rescisão, mas o jogador não pretende deixar o Morumbi. O São Paulo ainda lhe deve parcelas de direitos de imagem, o que dificulta um acordo por sua saída.
Nesta temporada, o São Paulo disputará o Paulista, a partir do fim de janeiro, a Copa do Brasil, a Copa Sul-Americana e o Brasileiro. O elenco se reapresenta no dia 10, após 30 dias de férias.
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