Ceni vê São Paulo superior ao Bragantino, mas lamenta vacilos: “Não matamos”

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GazetaEsportiva

Marcelo Baseggio

O São Paulo fez o seu melhor jogo da temporada na noite desta quinta-feira, contra o Red Bull Bragantino, no estádio Nabi Abi Chedid, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. Após perder para o Guarani e escapar de um revés contra o Ituano graças ao goleiro Jandrei, que defendeu um pênalti, o Tricolor apresentou uma considerável melhora, mas a falta de constância ao longo dos 90 minutos custou a vitória em Bragança Paulista.

Ao menos nesta noite o ataque são-paulino funcionou. Sem conseguir chegar ao gol adversário com naturalidade nas primeiras duas rodadas do Campeonato Paulista, o Tricolor desta vez aproveitou as transições rápidas, com o apoio dos laterais e dos atacantes abertos pelo lado de campo, sobretudo no segundo tempo, para dificultar a vida do adversário.

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Apesar de fazer frente ao Red Bull Bragantino e chegar a dominar o jogo em certos momentos, criando várias oportunidades de gol, o São Paulo jamais pareceu ter o total controle do confronto. Com uma defesa bastante exposta, o Tricolor sofreu com a velocidade do ataque dos donos da casa e com a boa leitura das jogadas de Artur e companhia.

Com o passar dos jogos, a tendência é que o time comandado por Rogério Ceni siga evoluindo e alcançando a melhor forma física. Com o curto período de pré-temporada, é preciso mais paciência com o processo de construção de equipe, até porque nesta janela a diretoria contratou cinco atletas com capacidade de se transformarem em titulares.

Desde que o elenco se reapresentou no CT da Barra Funda, Ceni já lidou com 17 desfalques por causa da covid-19 e contou com poucos atletas de forma ininterrupta na pré-temporada da equipe. Foram pouco mais de duas semanas de treinos antes da estreia no Paulistão, e alguns de seus atletas já lidam com problemas físicos em 2022.

Luciano, um dos jogadores mais importantes do ataque do São Paulo, voltou das férias lesionado e atualmente se recupera de uma contratura na panturrilha esquerda. Luan, que ainda não jogou com Rogério Ceni à beira do campo, trata dores musculares. Recentemente, Patrick se juntou à dupla de machucados por causa de um problema na posterior da coxa direita.

Os desafios são muitos neste início de 2022, e a pressão sobre Rogério Ceni cresce a cada dia. Nesta segunda passagem como treinador do São Paulo, o ex-goleiro soma mais derrotas que vitórias. Em 16 jogos, são cinco vitórias, quatro empates e sete derrotas, aproveitamento de 39%, bem aquém das expectativas.

Por enquanto, é muito cedo para julgar o trabalho que vem sendo desenvolvido por Ceni, ainda mais com tantos obstáculos nesse começo de ano. Mas, essa paciência vem acompanhada de uma enorme pressão por um resultado positivo na próxima rodada, contra o Santo André, no Morumbi.

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