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Clube usa estadual, neste ano, para reorganizar time reformulado após fracasso no Brasileiro.
O São Paulo de 2022 conquistou quase 40% a menos dos pontos que o São Paulo de 2021 conquistou nos primeiros seis jogos do Campeonato Paulista.
A diferença de desempenho reflete a diferença de atenção que é dada ao torneio um ano após o São Paulo vencer o torneio e encerrar um jejum de mais de oito anos sem erguer uma taça.
Rogério Ceni comanda treino no CT da Barra Funda — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc
Se tratou o Paulista de 2021 como “Copa do Mundo”, como disse um diretor – e depois colheu consequências que complicaram o restante da temporada –, desta vez o São Paulo usa o estadual para reorganizar um time que teve mudanças relevantes de um ano para outro.
Com uma diretoria recém-empossada e o clube pressionado pela seca de títulos, ao Paulista foi dada prioridade total, apesar dos efeitos causados pela pandemia, que esticou a temporada de 2020 até fevereiro de 2021 e derrubou as férias dos atletas entre elas.
Com Hernán Crespo no banco, o São Paulo largou bem no torneio, com 13 pontos (quatro vitórias, um empate e uma derrota) nas seis primeiras rodadas. O time, elogiado, avançaria aos mata-matas sem novo revés, bateria Ferroviária e Mirassol nas quartas e semifinal e, depois, o Palmeiras na final.
O desempenho no estadual credenciou o São Paulo como um dos favoritos ao Brasileiro, o que jamais se confirmou.
No torneio nacional, sofreu com lesões que lotaram o departamento médico do clube – creditadas, no próprio São Paulo, ao esforço feito para vencer o Paulista. Passou o Brasileiro lutando contra o rebaixamento, do qual se livrou só na penúltima rodada, quando Rogério Ceni já substituíra Hernán Crespo como técnico.
São Paulo avalia o custo provocado pelo excesso de lesões no elenco
Uma coisa é consequência da outra: a péssima campanha no Brasileiro fez com que o São Paulo reformulasse seu elenco, com muitas saídas e cinco reforços.
Neste Paulista, calejado pelo que aconteceu no ano passado, Rogério Ceni tem priorizado a condição física dos atletas ao escalar o time. Em seis jogos, não repetiu escalações e fez várias mudanças na equipe.
Nikão, por exemplo, principal contratação tricolor, só foi titular em três jogos – o treinador justifica a cautela com o fato de o jogador estar acostumado às pré-temporadas do Athletico-PR, clube que defendeu até 2020, que costuma usar garotos no Paranaense para esticar a preparação do elenco profissional.
São Paulo celebra o título Paulista de 2021 — Foto: Marcos Ribolli
O começo de Paulista é duro: o São Paulo conquistou só oito pontos e chegou a ocupar um lugar na zona de rebaixamento rodadas atrás – hoje é o segundo colocado do Grupo B, atrás do São Bernardo.
A diferença de aproveitamento de um ano para outro é de 38%.
A escolha de testar atletas e preservá-los fisicamente, porém, não é desculpa para um eventual fracasso tricolor no Paulista, segundo Ceni.
– Temos que ir a próxima fase, independentemente de quem jogue. São Paulo tem condições de ir à próxima fase, é uma obrigação. Não vou abrir mão do Paulista, de classificar, em detrimento de ter um time – afirmou o treinador após o empate sem gols com a Inter de Limeira, na última quinta.
Neste domingo, o São Paulo fará seu sétimo jogo no torneio. Enfrentará o Santos, às 18h30, na Vila Belmiro, pela oitava rodada (o clássico contra o Palmeiras foi adiado).
Para esse confronto, Ceni deve novamente fazer mudanças no time. É possível que Miranda, que perdeu posição para Diego Costa, volte. Gabriel Sara pode, enfim, ganhar um descanso.
Uma escalação possível tem Jandrei; Rafinha, Arboleda, Miranda (Diego Costa) e Reinaldo; Rodrigo Nestor (Gabriel), Pablo Maia e Alisson; Nikão, Calleri e Rigoni.
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