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Brunno Carvalho
O São Paulo apresentou, ontem (11), seu novo uniforme principal para a temporada. Apesar de detalhes novos que remetem aos títulos de 1992, a camisa manteve o padrão das temporadas anteriores. Mais que um respeito às tradições do clube, a padronizado é algo previsto desde os primeiros estatutos da história são-paulina. Primeiro, é importante explicar a origem do uniforme tricolor. As listras são uma simbologia da união que resultou na criação do São Paulo em 1930. A cor vermelha remete ao Club Athletico Paulistano, que encerrou as atividades no futebol um ano antes, enquanto a preta representa a Associação Atlética das Palmeiras, fechada em 1928.
A junção dos integrantes das duas agremiações resultou no primeiro São Paulo, em 25 de janeiro de 1930, que se manteve ativo até maio de 1935 – o clube seria reorganizado apenas em 16 de dezembro daquele ano. Informalmente, esse período da história tricolor é conhecido como São Paulo da Floresta. Desde 2017, no entanto, o clube considera sua história iniciada em 1930, na junção dos feitos do São Paulo da Floresta e do São Paulo atual.
O uniforme clássico do São Paulo foi criado um mês depois da fundação do clube e de seu primeiro estatuto e estreou em março daquele mesmo ano. No primeiro documento, a única referência a algum tipo de padronização aparecia no artigo 47: “a denominação do clube e as suas cores, preto, vermelho e branco, e seu emblema são imutáveis”. Com o passar do tempo, a padronização do uniforme passou a constar no estatuto, e se mantém até os dias atuais. Tanto a camisa número 1 quanto a 2, lançada em 1932, precisam seguir diretrizes específicas.
“O de número 1 será composto por camisas brancas, tendo à altura do peito 3 (três) faixas horizontais, vermelha, branca e preta, nessa ordem, cobertas inteiramente pelo Emblema. As faixas vermelhas e pretas com 5 (cinco) centímetros de largura e a branca com 2,5 centímetros. O Uniforme número 1 será composto também por shorts brancos e meias brancas. Em caso de impossibilidade determinada pela entidade organizadora do jogo, deverão ser utilizados os shorts e meias pretos. Apenas na impossibilidade de utilização das cores preferenciais por determinação da entidade organizadora do jogo, serão utilizados shorts e meias vermelhos”, explica o primeiro parágrafo do artigo 157 do atual estatuto.
Sobre o uniforme de visitante, as recomendações são essas: “O de número 2 será composto por camisas com faixas verticais vermelhas, brancas e pretas alternadas, nessa ordem, e na altura do coração o Emblema. A largura das faixas vermelhas e pretas é de 4,5 centímetros, e a branca de 1,5 centímetro. O Uniforme número 2 será composto também por shorts pretos e meias pretas. Em caso de impossibilidade determinada pela entidade organizadora do jogo, deverão ser utilizados os shorts e meias brancos. Apenas na impossibilidade de utilização das cores preferenciais por determinação da entidade organizadora do jogo, serão utilizados shorts e meias vermelhos”.
Apenas o uniforme 3 pode ser feito sem padronização pela diretoria que estiver no comando do São Paulo. A única exigência é que a peça represente algum momento importante da história tricolor. O atual uniforme principal são-paulino trouxe algumas diferenças em relação ao utilizado em 2021. As listras da Adidas no ombro, que antes eram vermelhas, agora são pretas. Na gola, detalhes tricolores homenageiam os títulos da Libertadores e do Mundial de 1992.
As conquistas ainda são representadas nas listras horizontais com um grafismo especial com os países sul-americanos desmembrados. A camisa ainda conta com um badge especial do lado inferior direito com o número 92. A estreia do novo uniforme são-paulino deve acontecer na próxima quinta-feira (17), quando a equipe recebe a Inter de Limeira, pela sétima rodada do Paulistão. Amanhã (13), os comandados de Rogério Ceni vão a Campinas enfrentar a Ponte Preta, mas devem utilizar o kit de visitante.
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