SAF do São Paulo? Belmonte vê barreiras, mas acredita que mudança será inevitável

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GloboEsporte

André Hernan e Eduardo Rodrigues 

Dirigente entende que, hoje, criação da Sociedade Anônima não passaria no Conselho.

A venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) de Cruzeiro, Botafogo e Vasco ganhou o noticiário nos últimos dias e mexeu com o imaginário dos torcedores sobre a possibilidade de grandes investimentos em jogadores. Mas, no São Paulo, o assunto ainda está distante de entrar em pauta.

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Em entrevista à Central do ge desta quinta-feira, o diretor de futebol Carlos Belmonte acredita que a criação da SAF do clube não passaria se colocada em votação agora no Conselho Deliberativo, mas entende que a mudança será inevitável no futuro.

— Do ponto de vista institucional, acho que isso é muito difícil neste momento no São Paulo. Isso não passaria no Conselho. Acho que teria uma dificuldade muito grande. O São Paulo não está nessa situação, e aí não vai uma crítica, que estão Vasco, Botafogo e Cruzeiro. Nossa situação é diferente apesar da dívida. Institucionalmente, nem passa em discussão neste instante – afirmou Belmonte.

Julio Casares e Carlos Belmonte, em viagem do São Paulo — Foto: Erico Leonan / saopaulofc.net

Julio Casares e Carlos Belmonte, em viagem do São Paulo — Foto: Erico Leonan / saopaulofc.net

Mas o dirigente acredita que a SAF precisará ser discutida no São Paulo em alguns anos. A ideia dele é observar a movimentação dos outros clubes para entender melhor o processo e em seguida decidir o que pode ser melhor para o Tricolor.

– Ao longo dos anos, vai ser inevitável. É o único caminho a seguir. Mas isso é um pensamento meu. Não tem outro caminho para que consiga ter uma situação com dívidas mais tranquilas e investimentos no futebol. Acho que vai ser inevitável. A gente não deve ser o primeiro a entrar e não pode ser o último. Vamos acompanhar. Vai ter um momento em que talvez seja bom para o São Paulo.

Belmonte diz que São Paulo reduziu folha salarial desde mudança de gestão

A Lei da SAF foi criada em de agosto de 2021 e tenta estimular que clubes deixem o modelo associativo e se transformem em empresas privadas.

Entre os grandes clubes, dois já venderam seus ativos: a SAF do Cruzeiro pertence ao ex-jogador Ronaldo Fenômeno, enquanto a do Botafogo está sob a gestão do investidor americano John Textor. O Vasco negocia com um fundo dos Estados Unidos.

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