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Brunno Carvalho
O São Paulo teve amplo domínio nos números durante a vitória sobre a Ponte Preta. Mesmo assim, a equipe de Rogério Ceni conseguiu incomodar o goleiro Ygor Vinhas pela primeira vez apenas aos 33 minutos do primeiro tempo, quando a partida já estava 1 a 0 para o time campineiro – Lucca abriu o placar, de pênalti, aos 26 minutos.
Ao longo do primeiro tempo, o time voltou a apresentar os problemas de criação vistos nas primeiras partidas do Paulistão. Sem conseguir entrar na defesa adversária pelo meio, sem tabelas e triangulações, o São Paulo apostava tudo nas jogadas laterais, o que resultava em uma quantidade alta de cruzamentos. Foram 17 nos primeiros 45 minutos, com apenas dois chegando em algum são-paulino.
A evolução tem sido lenta, mas trouxe algum otimismo quando Rogério Ceni mudou o esquema tático. Ao tirar Gabriel Neves, Rodrigo Nestor e Rigoni e colocar Pablo Maia, Nikão e Calleri, o São Paulo saiu do 4-3-3 e passou a atuar em um 4-2-4. A alteração deu mais amplitude ao jogo do São Paulo, principalmente quando Igor Gomes entrou no lugar de Alisson, o que fez com que Gabriel Sara fosse aberto pela esquerda. A partir daí, a equipe de Rogério Ceni começou a pressionar a Ponte Preta e conseguiu o empate em um lance vindo das mudanças: Marquinhos cruzou da direita e o já citado Gabriel Sara cabeceou para o fundo das redes. A virada veio em um vacilo da defesa da Ponte, que Calleri não perdoou.
Se o primeiro tempo teve apenas um chute no gol de Ygor Vinhas, o segundo contou com cinco finalizações certas do São Paulo. Uma mudança resultado da nova postura da equipe, que diminuiu os cruzamentos (10 no segundo tempo, mas com 50% de aproveitamento) e passou a trocar passes mais rápidos. Os dois últimos resultados, vindo de pressões nos minutos finais, dão um alívio necessário a Rogério Ceni na busca por tentar fazer o São Paulo evoluir. Em entrevista coletiva, o treinador disse não se apegar ao cargo, mas na maneira que entende que a equipe tem que jogar.
“É um time que tem prazer em ter volume de jogo, a posse de bola, trabalha bem as finalizações, vem crescendo com relação a isso. Esse é o mais importante: um treinador que é apaixonado pelo futebol, não pelo emprego. Ele é apaixonado pelo São Paulo por ter tido toda a vida que teve no São Paulo, mas não defendo meu emprego, defendo a maneira como gosto de jogar”, afirmou. As duas últimas vitórias ajudaram a tirar o São Paulo da zona de rebaixamento do Paulistão. Os sete pontos conquistados em cinco jogos ainda fazem com que a equipe de Rogério Ceni entre na zona de classificação para o mata-mata no Grupo B, atrás do líder São Bernardo, que tem nove pontos, e com mais vitórias que a Ferroviária, que também tem sete pontos.
O São Paulo volta a campo na próxima quinta-feira (17), quando recebe a Inter de Limeira no Morumbi, às 21h30 (de Brasília). Será a chance de conseguir a terceira vitória consecutiva, uma sequência que não é atingida desde abril do ano passado.
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