GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
O São Paulo voltou a bater o seu recorde de cruzamentos na temporada nesta quinta-feira, coincidentemente em mais um jogo no estádio do Morumbi, pelo Campeonato Paulista. Após alçar a bola na área 42 vezes na vitória sobre o Santo André, desta vez o Tricolor fez nada mais, nada menos que 60 cruzamentos no empate sem gols com a Inter de Limeira.
O São Paulo não teve dificuldades para controlar o jogo nesta quinta, mas falhou no último terço do campo, onde a retranca adversária se acostumou a levar a melhor. Com mais posse de bola, o Tricolor rodava de um lado para o outro, mas sempre acabava apelando para o jogo aéreo.
“Acho que é o nervosismo, o adversário baixa muito as linhas dentro da área, o centro está bloqueado, é natural que você opte pelos lados. No primeiro tempo entramos mais por dentro da área, no segundo tempo vai batendo o desespero, o tempo vai acabando, e o jogador quer tentar a chance de gol ao invés de ter um pouco mais de calma”, comentou Ceni.
Dos 60 cruzamentos, 20 foram originados em escanteios, quantidade fora dos padrões e que prova o quão duro foi para o São Paulo vencer a defesa da Inter de Limeira no Morumbi. Ainda assim, o próprio comandante tricolor admite que é preciso ter mais repertório, independentemente da postura do adversário.
“Principalmente no segundo tempo conseguimos muito pouco jogar nas entrelinhas. Hoje foi realmente excessivo os números de cruzamentos, mesmo tendo 20 escanteios. Poderíamos ter tentado jogar mais por dentro, mas não conseguimos acertar o último passe. Quando tivemos oportunidades, a bola bateu na trave, o goleiro fez defesas, mas concordo que hoje foi excessivo o número de cruzamentos”, prosseguiu.
“Realmente tentamos abrir o campo, controlar o jogo, ter a posse, ficar com a bola a maior parte do tempo e escolher melhor a jogada. Cruzávamos muito a bola sem objetividade, estamos tentando corrigir isso. O número de escanteios eleva o número de cruzamentos, porque 20 escanteios não é comum. A gente começa a cruzar bolas que não têm sentido. Temos que trabalhar mais a bola, como foi contra a Ponte, até achar o melhor momento de entrar”, completou Ceni.
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