GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Tricolor deixou o campo aplaudido pelos torcedores após a derrota para o rival Palmeiras.
Rogério Ceni tinha um plano para o São Paulo vencer o Palmeiras, na última quinta-feira. E pela escalação praticamente idêntica à do clássico contra o Corinthians, no último sábado, a ideia era sufocar o rival no início, tentar um gol e propor seu jogo de contra-ataque no decorrer do confronto.
Mas dessa vez o feitiço virou contra o feiticeiro.
Foi o São Paulo quem sofreu o gol logo aos 9 minutos, na cabeçada de Rony, e teve que atuar da forma que mais tem encontrado dificuldade neste início de temporada: diante de uma zaga bem fechada e buscando os contragolpes.
Abel Ferreira, então, sabendo desse problema do time de Rogério Ceni, abaixou as linhas de marcação do Palmeiras e fez com que os meias são-paulinos ficassem totalmente inoperantes. Nos 35 minutos que restaram da etapa inicial, o São Paulo praticamente não apareceu.
Luciano, do São Paulo, durante clássico contra o Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
O segundo tempo, porém, mostrou virtudes e pontos positivos dessa equipe de Rogério Ceni. A principal delas foi a competitividade. O Tricolor não se abateu com o placar adverso e criou as melhores oportunidades nos 45 minutos finais.
As entradas de Marquinhos e Luciano foram fundamentais para essa mudança de postura do time no confronto. Com mais velocidade e combatividade, o Tricolor pressionou o Palmeiras e não deu campo para o adversário conseguir um contra-ataque.
O empate parecia até questão de tempo, com chutes perigosos de fora da área, que obrigaram boas defesas de Weverton e até uma bola na trave de Marquinhos. Mas a expulsão de Rafinha aos 35 minutos freou o ímpeto são-paulino.
Pelo todo, o empate era mais justo, tanto é que os mais de 46 mil torcedores presentes no Morumbi aplaudiram o time no apito final. Foi a demonstração de que mesmo com a derrota em um clássico importante, houve reconhecimento da entrega demonstrada nos 90 minutos.
São Paulo 0 x 1 Palmeiras – Torcida do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli
A primeira derrota de Rogério Ceni em um clássico nessa sua segunda passagem pelo clube como treinador deixa uma boa impressão. Este São Paulo em formação vai criando uma forma e mostrando que pode sim brigar pelo título do Paulistão.
Ainda é cedo para fazer previsões na temporada, mas a intensidade dos dois últimos clássicos dão amostras de que o Tricolor de 2022 será diferente das últimas equipes mais sonolentas e de pouca inspiração.
O time volta a campo no próximo domingo, às 16h, para enfrentar o Mirassol e buscar a melhor pontuação para ter vantagens na fase final do Paulistão. Sonhar com o título do torneio já é uma realidade.
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