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Presidente do São Paulo, Julio Casares segue pensando nas dívidas do clube. Apesar do valor ser menor do que ano passado, os números ainda são muito altos. O dirigente prefere pensar nas melhorias que viu desde sua chegada ao comando do que apenas focar nos déficits.
“A dívida total gira em torno de R$ 650 milhões. Temos um crédito no mercado de R$ 150 milhões, podendo chegar a R$ 200 milhões. Nossa estimativa de receita em 2022 é de R$ 500 milhões. O déficit é de R$ 106 milhões, alto ainda, mas menor do que o anterior, que era de R$ 130 milhões”, revelou, em entrevista ao Estadão.
“Quando assumi (a presidência), tínhamos mais problemas do que a delegacia de Carapicuíba de sexta para sábado. Tive de arrumar a casa para não ser punido pela Fifa. O clube devia quase R$ 90 milhões”, completou.
Quando questionado sobre contratações em geral no São Paulo, Casares afirmou que os vínculos assinados com Daniel Alves, Juanfran e Hernanes foram “erros pelo custo-benefício”. Por outro lado, a vinda de Miranda, Orejuela e Benítez fazem parte da mudança de perfil do elenco.
Além de jogadores, o presidente também comentou sobre a chegada de Rogério Ceni e de Muricy à equipe.
“Conheço o Rogério e Muricy há 40 anos. Sei com quem estou lidando. E nunca teve nada de o Rogério balançar no cargo. Nunca. Depois que trouxe o Muricy, a CBF já tentou contratá-lo três vezes. Ele não foi. Disse estar bem feliz no São Paulo”, disse.
Sociedade Anônima de Futebol e futuro do clube
A diretoria do Tricolor enxerga a SAF como um tópico que deve ser estudado pela situação econômica do Brasil. Segundo Casares, seu dever é “preparar o clube para o futuro, comigo como presidente ou com outro”.
“A SAF pode chegar para atenuar uma pressão da dívida. Não acho a melhor (alternativa) do mundo. Uma associação pode ser também profissional e não precisa se transformar em SAF. Não vejo o São Paulo nesse caminho. “É um dever observar as leis. Mas não vejo o São Paulo como SAF”, analisou.
Para o resto da temporada do São Paulo, o presidente acredita no trabalho, principalmente, de Ceni e Muricy, que, segundo ele, são “pessoas sérias, com personalidade e conteúdo”.
“São profissionais preparados. Pode não dar certo, pode ganhar ou perder, mas sabemos quem contratamos. Não temos hora para trabalhar nem medo de cobranças. Quando cheguei, estávamos na UTI, passamos para a CTI e agora estamos no quarto. Mas o São Paulo ainda precisa de cuidados”, finalizou o dirigente.
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