GloboEsporte
José Edgar de Matos
Time dominou completamente o Athletico-PR e largou na frente no Brasileirão.
Tocaram, e ele correspondeu. Difícil não cair na tentação de direcionar toda a atenção da noite de domingo no Morumbi para Jonathan Calleri, autor de três gols na goleada por 4 a 0 do São Paulo sobre o Athletico-PR, pela primeira rodada do Brasileirão. Entretanto, a vitória só foi construída graças a uma atuação coletiva de alto nível.
Repete-se neste espaço que, para este São Paulo brigar por vaga na Libertadores, principal objetivo de diretoria e comissão técnica, o elenco precisa manter a intensidade em cima e competir. O planejamento da semana, com descanso no meio de semana para os 11 titulares deste domingo, deu certo.
Calleri foi o grande destaque individual, mas o Tricolor sobrou coletivamente — Foto: Paulo Pinto / saopaulofc.net
O Tricolor se apresentou em outra rotação na comparação com o Athletico, principalmente depois da abertura do placar. A diferença ia desde a velocidade na troca de passes até o trabalho de perde-pressiona. Foram constantes as roubadas de bola da equipe no campo de ataque.
O São Paulo mandou na partida durante boa parte dos 90 minutos e se viu pouco ameaçado pelo Athletico. O trabalho de marcação com linhas altas e pressão, sem permitir contra-ataques, tornaram Jandrei um mero espectador.
Neste ritmo, o São Paulo transformou um duelo competitivo em uma exibição de autoridade. Construindo da defesa, pressionando no ataque e sabendo o que fazer com a bola, o Tricolor viveu uma noite perto da perfeição e deixa o torcedor empolgado para a disputa do Brasileirão. Dentro do elenco, a confiança é grande.
– A gente vai brigar pelo título mais uma vez. Ano passado a gente ficou abaixo, pelo nosso começo ruim, mas esse ano, se Deus quiser, vamos brigar pelo título – afirmou o atacante Luciano, autor do quarto gol da goleada.
Gol de Calleri em São Paulo x Athletico — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
O que deu certo
O Tricolor repetiu virtudes já demonstradas nesta temporada. A intensidade tão cobrada por Rogério Ceni reapareceu depois de uma semana de trabalho. Desde o início, a equipe se adiantou no campo ofensivo e encaixotou o rival.
A construção com origem na dupla Diego Costa e Léo acelerou o jogo, e o primeiro gol saiu justamente de um passe rápido do primeiro para Rafinha, que cruzou e viu Calleri aproveitar rebote para inaugurar o placar.
A partir do 1 a 0, o São Paulo seguiu em rotação alta e pressionando o Athletico. O jogo de acelerar para as pontas e cruzar bolas rápidas fez a diferença. Três gols dos quatro gols saíram por este tipo de jogada.
Defensivamente, com o perde-pressiona bem ajustado, o São Paulo mal sofreu contra-ataques. Foi uma exibição dos dois lados para colocar como exemplo do que o time pode fazer na temporada.
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O que deu errado
Ainda falta mais Nikão no São Paulo. Escalado como titular na vaga do lesionado Rodrigo Nestor, o camisa 10 atuou aberto pela direita e destoou do restante do time, principalmente do quarteto Alisson, Igor Gomes, Eder e Calleri.
Falta entrosamento e ritmo ao meia-atacante, que teve uma cobrança de falta no segundo tempo como melhor momento do jogo. Contratado como protagonista, Nikão segue como coadjuvante no São Paulo comandado por Rogério Ceni.
Veja a entrevista coletiva pós-jogo do São Paulo com o técnico Rogério Ceni
Próximos passos
O time retorna ao trabalho na terça-feira e abre a preparação para o jogo contra o Everton, quinta-feira, no Morumbi, a partir das 19h15 (de Brasília), pela segunda rodada da fase de grupos da Sul-Americana.
Ceni espera contar novamente com Rodrigo Nestor, que vive a expectativa de treinar com o grupo na terça, após uma semana fora por uma entorse no tornozelo esquerdo.
Depois da Sul-Americana, o São Paulo mira o jogo contra o Flamengo, domingo, 16h, no Rio de Janeiro, pelo Brasileirão.
Rogério Ceni tem dois jogos pela frente até domingo — Foto: Paulo Pinto / saopaulofc.net
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