GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
O São Paulo não foi páreo para o Flamengo na tarde deste domingo, no Maracanã, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O time comandado por Rogério Ceni bem que tentou competir com um dos favoritos ao título nacional, mas a falta de velocidade e a frouxidão no meio-campo complicaram a vida dos tricolores no Rio de Janeiro.
O São Paulo foi bastante inferior ao Flamengo no primeiro tempo e protagonizou diversas falhas na saída de bola. Uma delas resultou no gol de Gabigol, que abriu o placar, mas, não fosse Jandrei, o Tricolor, que empatou com Calleri antes do juiz apitar o fim da etapa inicial, poderia ter ido para o intervalo com uma derrota parcial bastante elástica.
Pablo Maia foi quem mais sentiu o peso do clássico deste domingo. O volante errou passes, foi desarmado próximo à área são-paulina e esteve longe daquela versão que encantou os torcedores durante a disputa do Campeonato Paulista, torneio do qual foi eleito revelação. Gabriel Sara o substituiu no intervalo e melhorou o Tricolor no início do segundo tempo, mas, posteriormente, também sucumbiu à inércia coletiva.
O segundo gol expõe bem a frouxidão do meio-campo, já que os jogadores do Flamengo trocaram passes com bastante facilidade na intermediária antes de João Gomes achar um excelente passe para Isla nas costas de Welington.
Além das deficiências no meio-campo, a falta de velocidade do elenco tricolor foi decisiva no duelo com o Flamengo. Rogério Ceni não relacionou atletas velocistas, como Marquinhos e Toró, facilitando a vida de Filipe Luís, que no alto de seus 36 anos jogou com extrema tranquilidade, não sendo exigido fisicamente na defesa.
Neste domingo, Ceni insistiu na formação usada na final do Paulista, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, e foi castigado por não buscar alternativas para um modelo de jogo que já se provou frágil contra equipes superiores.
A dupla de ataque formada por Eder e Calleri se mostrou bastante estática diante do forte sistema defensivo do Flamengo. O camisa 9 do São Paulo fez o que pôde, incluindo o gol de empate no fim do primeiro tempo, mas nada justifica a titularidade de seu companheiro, que há tempo pouco contribui em termos ofensivos.
Após os jogos contra Palmeiras e Flamengo, está claro que Rogério Ceni precisa não só recuperar o moral de alguns atletas, mas também testar novas formações. O comandante tricolor já teve tempo suficiente para entender o elenco que tem em mãos com a disputa do Campeonato Paulista. Resta saber se ele conseguirá usá-lo de maneira mais inteligente em uma competição com um nível de competitividade muito maior.
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