Em crise, adversário do São Paulo tem preparador de goleiros como técnico e protesto de atletas

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GloboEsporte

O São Paulo encara nesta quinta-feira, pela Copa Sul-Americana, um rival em grave crise financeira, que trocou de técnico recentemente e viu seus jogadores se recusarem a treinar por causa de salários atrasados – alguns não recebem há sete meses.

O Jorge Wilstermann será o adversário tricolor na terceira rodada da fase de grupos do torneio, em Cochabamba, a partir das 19h15 (de Brasília). Enquanto o São Paulo lidera o Grupo D, com seis pontos, a equipe boliviana tem só um ponto até agora.

Sergio Migliaccio, técnico do Jorge Wilstermann — Foto: Daniel Augusto Peredo Ampuero/@WilstermannCD

Sergio Migliaccio, técnico do Jorge Wilstermann — Foto: Daniel Augusto Peredo Ampuero/@WilstermannCD

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Nesta quinta, o Jorge Wilstermann terá no banco o uruguaio Sergio Migliaccio, que assumiu o comando da equipe há duas semanas. Ele é o preparador de goleiros do time.

Migliaccio já tinha ocupado o cargo como interino no fim do ano passado, quando o clube terminou o torneio nacional na sétima posição, o que deu ao Jorge Wilstermann a vaga na Sul-Americana.

Apesar disso, a diretoria preferiu buscar outro profissional. Em janeiro, o chileno Miguel Ponce se tornou o treinador da equipe.

A experiência foi encerrada após derrota para o Ayacucho, em casa, por 2 a 0, pela segunda rodada da Sul-Americana.

No mesmo dia em que Ponce foi demitido, os jogadores do Jorge Wilstermann se reuniram no CT do clube e se recusaram a treinar – um protesto contra salários atrasados.

Desde então, o Jorge Wilstermann não venceu. Em três jogos, foram três empates. Na temporada, o time tem quatro vitórias em 15 jogos.

Serginho, meia do Jorge Wilstermann — Foto: Daniel Augusto Peredo Ampuero/@WilstermannCD

Serginho, meia do Jorge Wilstermann — Foto: Daniel Augusto Peredo Ampuero/@WilstermannCD

Em entrevista a meios de comunicação bolivianos nesta semana, o presidente do Jorge Wilstermann, Gróver Vargas, atribuiu à crise da pandemia de Covid-19 as dificuldades do clube.

– O grande problema se resume a isto: o déficit que nos deixou o coronavírus. Lidamos com uma folha salarial de US$ 300 mil mensais por um ano e meio, sem gerar economia. Recebemos US$ 900 mil pela Sul-Americana, e temos viajado em voos fretados. Houve viagens que nos custaram US$ 150 mil – afirmou.

– Com 80% da equipe, temos tudo acertado até dezembro (de 2021). Há outros que estamos trabalhando para pôr em dia.

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