GloboEsporte
Eduardo Rodrigues e José Edgar de Matos
Adidas e clube têm protagonizado episódios de desentendimentos nos últimos meses.
Quando Rogério Ceni apareceu no gramado do Alfredo Jaconi, na última quarta-feira, com a calça da Under Armour, ex-fornecedora oficial de material esportivo do São Paulo, a relação conturbada com a Adidas, atual fornecedora, foi escancarada.
Desde o ano passado, as partes convivem com desentendimentos por uma série de questões. E o desgaste só aumenta a cada novo episódio.
A crise começou ainda na gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Em setembro de 2021, o São Paulo e a Adidas lançaram a nova terceira camisa do clube, mas ela nunca foi utilizada em jogos.
Isso porque não houve uma aprovação da diretoria ao modelo apresentado. O uniforme foi mostrado para Leco em 2020, que não deu prosseguimento nos trâmites internos do clube. Com isso, o terceiro uniforme também não passou por uma votação no Conselho Deliberativo, o que o tornou apenas comemorativo.
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Ceni com a calça de antiga patrocinadora do São Paulo — Foto: Reprodução/Prime Video
Outro caso que mexeu na relação foi o de um tênis com o símbolo do São Paulo. Por conta do tamanho do símbolo estampado no modelo, o clube também não aprovou, e os materiais confeccionados não puderam ser vendidos.
No entanto, a Adidas colocou alguns tênis para venda em lojas de shoppings na capital paulista e, novamente, desagradou ao São Paulo, que solicitou a retirada deles das prateleiras.
Em novembro do ano passado, um novo desgaste. O São Paulo não aprovou a camisa sugerida pela Adidas numa ação contra o racismo em conjunto com Internacional e Flamengo, clubes que também têm contrato com a marca alemã.
As peças, em preto e branco, cores relacionadas aos rivais Corinthians e Santos, não foram aprovadas no Morumbi. Segundo uma fonte do clube, o São Paulo sugeriu mudanças na camisa, que não foram aceitas pela Adidas – as peças de Inter e Flamengo são idênticas, padronizadas, com a exceção do distintivo.
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Camisa do Inter em homenagem ao Mês da Consciência Negra; Patrick, à época, estava no Inter — Foto: Ricardo Duarte/Divulgação Inter
Fontes ouvidas pela reportagem do ge afirmam que a fornecedora de material esportivo tem enviado cada vez menos peças para o clube, como por exemplo camisas de treinos e outros uniformes.
Procurada pela reportagem para pedir uma posição sobre o caso de Rogério Ceni nesta quarta-feira, a Adidas não quis se pronunciar até a publicação dessa matéria.
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