GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Clube pretende se reforçar mais na janela do meio do ano, mas pode perder joias da base.
O São Paulo encerrou a sua participação no mercado de transferências neste início de temporada com a contratação de sete reforços. O último foi o meia André Anderson, anunciado na última segunda-feira. Ele chega ao clube por empréstimo da Lazio até junho de 2023.
Com o elenco definitivamente fechado depois do encerramento da janela no futebol brasileiro, o clube tem como principal prioridade a quitação dos valores em atrasos que têm com boa parte dos jogadores.
Essa pendência é proveniente de acordos feitos durante a fase mais crítica da pandemia, quando as competições foram paralisadas, e o clube cortou metade dos salários dos atletas. Agora, é preciso acertar os direitos de imagem.
Julio Casares em destaque e Carlos Belmonte ao fundo — Foto: Marcos Ribolli
A meta da diretoria do Tricolor é que todas as dívidas sejam pagas até maio para que na janela de transferência do meio do ano possa ter condições de se reforçar ainda mais. O atacante veloz e o zagueiro pedidos por Rogério Ceni, por exemplo, ainda não foram atendidos.
A movimentação acontece pelo fato de o São Paulo ter convicção de que propostas irão aparecer para alguns garotos revelados nas categorias de base. Igor Gomes, Rodrigo Nestor, Pablo Maia, Gabriel Sara e Luan devem ser os principais alvos dos europeus.
Caso perca um desses jogadores, o clube quer ter uma segurança de que poderá repor com nomes à altura. Na atual janela de transferência, o São Paulo buscou jogadores em fim de contrato, trocas ou empréstimo. O investimento mais alto foi por Nikão. O clube não confirma o valor exato.
A falta de dinheiro em caixa e uma dívida que deve ultrapassar os R$ 700 milhões no próximo balanço financeiro, o clube não conseguiu evoluir nas contratações de Soteldo e Douglas Costa. Os dois eram os principais desejos no começo do ano.
Para conseguir pagar os atrasados e balancear as finanças, o São Paulo conta com a bilheteria nos jogos do Morumbi e as premiações nas competições. Na Copa do Brasil, por exemplo, cada fase avançada são milhões que caem na conta. Na Sul-Americana, idem.
Outro valor que vai ajudar o clube neste momento é a da venda de Tchê Tchê para o Botafogo. O clube não revelou a quantia que entrará em caixa, mas ela foi celebrada pela cúpula são-paulina.
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