Toque de recolher no Peru ameaça estreia do Tricolor na Sul-Americana? Entenda

68

GazetaEsportiva

O presidente do Peru, Pedro Castillo, decretou toque de recolher na capital do país, Lima, para tentar frear os protestos contra a alta nos preços de combustível e alimentos. Uma greve parcial de motoristas bloqueou rodovias no início desta semana, e o caos instaurado ameaça a realização de partidas de clubes brasileiros por lá, como o Flamengo, na Libertadores, e o São Paulo, na Sul-Americana.

Há uma maior preocupação em relação à partida do Flamengo, que precisará ser adiada devido às medidas tomadas pelo governo peruano. O time rubro-negro entraria em campo nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o Sporting Cristal, em Lima, viu o confronto ser cancelado, mas houve uma reviravolta e a partida vai acontecer com portões fechados.

Já o São Paulo enfrentará o Ayacucho na próxima quinta-feira, entretanto, o jogo está marcado para ser realizado em Cusco, cidade que não participa do toque de recolher imposto pelo presidente Pedro Castillo. Ainda assim, o clube tricolor monitora a situação junto à Conmebol para não correr o risco de percorrer milhares de quilômetros à toa.

Publicidade

Na programação do São Paulo está prevista a viagem para Lima nesta quarta-feira, onde a delegação tricolor ficará antes de se dirigir para Cusco horas antes da partida.

Embora o toque de recolher se limite à capital do país, há manifestações em outras regiões do Peru, o que justifica o receio das partes em relação ao duelo entre Ayacucho e São Paulo. Na última segunda-feira, manifestantes queimaram pedágios de uma estrada e entraram em confronto com policiais próximo à cidade de Ica.

Na próxima quinta-feira, dia do jogo do São Paulo, estão previstos novos protestos, organizados pela Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru (CGTP), principal central sindical do país.

A decisão do governo tem gerado controvérsia no Peru. Enquanto o governo acredita que o toque de recolher imposto é constitucional, baseado na aprovação do Conselho de Ministros, há quem condene tal medida, a categorizando como autoritária e fora da lei.

LEIA TAMBÉM: