GloboEsporte
José Edgar de Matos
Empate deste domingo terminou com vaias do público, que viu time conquistar apenas um ponto em seis possíveis no Morumbi pelo Brasileirão.
Do abatimento à satisfação, terminando com a frustração. O São Paulo perdeu pontos irrecuperáveis no Brasileirão ao empatar sem gols com o até então lanterna Juventude, neste domingo, no Morumbi. Houve volume e oportunidades criadas, mas faltou qualidade na conclusão. A consequência desta combinação veio em forma de vaias dos torcedores no estádio.
A maior gravidade (e provavelmente contexto que gerou o protesto do público) tem a ver diretamente com o adversário. O Juventude, rival superado pelo próprio Tricolor na Copa do Brasil, possui menos de 30% de aproveitamento como visitante.
O empate de domingo tirou o time de Caxias do Sul da última posição. Poucos times que vislumbram grandes brigas na Série A, como o G-6 mirado pelos são-paulinos, vão tropeçar enquanto mandantes diante dos gaúchos. O técnico Rogério Ceni sabe disso.
Veja a entrevista coletiva de Rogério Ceni após São Paulo x Juventude
Durante a entrevista coletiva concedida depois do 0 a 0, Ceni lamentou as oportunidades e valorizou as chances criadas. Ao mesmo tempo, mostrou-se frustrado com o empate, que fechou uma semana de apenas um ponto em seis possíveis no Brasileirão em casa (perdeu para o Palmeiras na segunda-feira), apesar de ter vencido pela Copa do Brasil.
– Tenho muitos pendurados com cartão e temos duas viagens nesta semana. Vamos para o Chile, voltamos para São Paulo, vamos para Goiânia e temos dois jogos fora de casa, competições distintas – relatou Rogério Ceni.
Calleri entrou no segundo tempo e desperdiçou uma chance evidente de gol — Foto: Marcos Ribolli
– Hoje era essencial ter os três pontos, era essencial chegar a 21 pontos. Não conseguimos fazer o gol, não sei muito o que responder – acrescentou o treinador.
Mais do que o resultado ruim na comparação com o desempenho, o São Paulo viveu uma semana na qual perdeu o principal defensor para o restante da temporada.
Arboleda se machucou em lance de infelicidade na quinta, contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, passou por operação e só deve retornar no ano que vem. O problema do equatoriano causou a quarta cirurgia em algum jogador do elenco na temporada: Gabriel Sara, Caio e Luan também passaram por intervenções recentes.
Rogério Ceni lamentou o resultado dentro de casa — Foto: Marcos Ribolli
– É complicado se você tiver muito azar e ter quatro cirurgias no ano e lesões anormais. Nunca vi quatro lesões de tornozelo ao mesmo tempo, nunca tinha visto isso. Não adianta gastar dinheiro, só se estiver vivo em mais de uma competição – sentenciou Rogério Ceni.
– Vamos ter que sobreviver até o dia 14 (data do duelo de volta contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil) ao menos para saber se passamos em duas, três ou se ficamos em apenas uma competição. Até lá vamos ter que sobreviver – encerrou Ceni.
O treinador terá um pequeno respiro nesta semana, após três jogos importantes nos últimos dias. O São Paulo retorna a campo só na quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), para encarar a Universidad Católica, em Santiago, pela abertura das oitavas de final da Copa Sul-Americana.
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