Análise: “transtorno do 2º tempo” ameaça meta do São Paulo no Brasileirão

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GazetaEsportiva

Marcelo Baseggio

Desde o início da temporada o técnico Rogério Ceni definiu qual seria a prioridade do São Paulo: classificar o time para a próxima Copa Libertadores. Para isso, o Tricolor precisará terminar o Campeonato Brasileiro entre os primeiros colocados, mas o “transtorno do segundo tempo” surge como uma grande ameaça à meta do clube.

Nesta quinta-feira, contra o Coritiba, no Couto Pereira, o São Paulo entrou em campo pressionado para conquistar sua primeira vitória fora de casa neste Brasileirão. Assim como nas últimas rodadas, o Tricolor começou o jogo ligado, sendo superior ao adversário e abrindo o placar, mas, pela quarta vez consecutiva, deixou o resultado positivo escapar no segundo tempo.

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Ao longo dos 45 minutos iniciais o São Paulo teve diversas chances para ampliar o marcador após conquistar a vantagem, o que não aconteceu. O torcedor, então, acompanhou um roteiro já conhecido e inexplicável no segundo tempo, dada a larga superioridade do Tricolor sobre o adversário na primeira parte.

A mesma falta de reação, o mesmo conformismo e a mesma fragilidade dos últimos jogos do São Paulo apareceram no Couto Pereira. O Coritiba passou a gostar do jogo, vendo que do outro lado seu adversário se apequenava depois de um primeiro tempo convincente.

Foi assim também contra o Corinthians, Ceará e Avaí. Contra o Fortaleza, no Castelão, o São Paulo também sofreu com a falta de regularidade ao longo dos 90 minutos. Nos últimos seis jogos no Brasileiro, o Tricolor venceu apenas o Cuiabá, no Morumbi, de virada.

Caso vencesse o Coritiba nesta quinta-feira, o São Paulo colaria na liderança do Campeonato Brasileiro, indo a 17 pontos – o Palmeiras tem 19. O empate, no entanto, jogou o Tricolor, com 15 tentos, para o sexto lugar.

A distância do São Paulo para a liderança da competição é a mesma para a zona do rebaixamento. Por enquanto, não há motivos para temer um novo risco de descenso, como foi no ano passado, mas o time comandado por Rogério Ceni precisa urgentemente superar esse transtorno sofrido no segundo tempo das partidas. Caso contrário, o sonho de Libertadores ficará mais distante.

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