Artilheiro da Libertadores de 92, Palhinha quase não foi inscrito na competição

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GazetaEsportiva

Marcelo Baseggio 

O São Paulo comemora 30 anos do seu primeiro título da Copa Libertadores nesta sexta-feira. O atacante Palhinha foi um dos principais nomes daquela campanha, sendo artilheiro do torneio, com sete gols, mas quase acabou fora da lista de inscritos para disputar a competição, como mostrou o jornal A Gazeta Esportiva na época.

Por seu biotipo franzino, Palhinha, contratado por empréstimo no início de 1992 após se destacar no América-MG, foi contestado por algumas pessoas do São Paulo que acreditavam que o atacante não seria capaz de competir contra zagueiros mais fortes e acostumados a disputar a Libertadores, tido como um torneio bastante violento.

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No fim, a decisão de Telê Santana prevaleceu. O técnico do São Paulo ignorou os palpites relacionados ao físico do jogador, priorizando seu talento. Palhinha não decepcionou seu comandante e mostrou que todos aqueles que eram contra sua participação na Libertadores estavam errados.

Na fase de grupos da Libertadores Palhinha marcou cinco gols: três na vitória por 3 a 0 sobre o San José, na Bolívia, um na goleada sobre o Criciúma por 4 a 0, no Morumbi, e mais um no empate em 1 a 1 novamente com o San José, mas desta vez diante da torcida tricolor.

Já no mata-mata Palhinha foi às redes nas quartas de final, no jogo de volta contra o Criciúma, fora de casa, que terminou empatado em 1 a 1, e na partida de ida da semifinal contra o Barcelona de Guayaquil, em que o São Paulo venceu por 3 a 2, no Morumbi.

“Deus, tudo a Deus. Não fosse ele eu não teria chegado aonde cheguei. Neste pouco tempo de São Paulo minha vida mudou bastante. Já fui elogiado e criticado. Faz parte. Mas, pipoqueiro não sou. Joguei mal em Rosário, porque não era meu dia. Mas, em momento algum deixei de acreditar nas jogadas”, disse Palhinha em entrevista ao jornal A Gazeta Esportiva após o primeiro jogo da final da Libertadores contra o Newell’s Old Boys, em que não teve uma boa atuação.

No segundo jogo da final, no Morumbi, Palhinha também não marcou gol, mas acabou coroado com o tão esperado título da Copa Libertadores, um dos tantos que teve o privilégio de conquistar com a camisa do São Paulo.

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