Ceni explica troca de última hora no São Paulo e diz: “Poderia ser 1 a 0 para qualquer um”

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GloboEsporte

Técnico vê jogo muito brigado contra Botafogo e lamenta falta de chances para fazer gols.

O técnico Rogério Ceni valorizou o espírito competitivo do São Paulo e evitou grandes críticas à atuação do time na derrota por 1 a 0 para o Botafogo, nesta quinta-feira, no estádio Nilton Santos, pela 12ª rodada do Brasileirão. Em entrevista coletiva, o treinador viu equilíbrio no duelo.

– Só tomou o gol no segundo tempo, mas o primeiro foi competitivo. A gente conseguiu por jogar com três zagueiros, isso nos deu superioridade com a bola, ficamos mais um pouco com a bola. A gente tentou as bolas longas. É um time bem fechado, o gramado está ruim, pouco espaço para trabalhar – destacou.

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– Na bola parada ofensiva, um escanteio que não foi bem batido, tiramos a bola com o Nestor e perdemos a segunda bola, e o Botafogo teve e oportunidade no seu volante de bater no gol. Um jogo muito brigado. Poderia ser 1 a 0 para qualquer um dos lados. Não dava para fugir disso – acrescentou.

Rogério Ceni em Botafogo x São Paulo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Rogério Ceni em Botafogo x São Paulo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

O técnico lamentou a falta de oportunidades no ataque. Calleri, por exemplo, finalizou apenas uma vez, em chute perigoso já na etapa final.

– Foi um jogo ruim, porque o gramado para as duas equipes não fornecia condições. Botafogo veio diferente, com três zagueiros, time forte. Quando teve a oportunidade fez o gol. Não deixamos de lutar, não abaixamos a cabeça de jeito nenhum. Só não tivemos as oportunidades claras de gol. Foi um jogo muito truncado, parelho, físico. Tivemos uns jogadores abaixo fisicamente, mas competimos.

Ceni comentou que trocou Gabriel Neves por Diego Costa minutos antes do início da partida para responder ao time do Botafogo, que também optou por um esquema com três zagueiros. A ideia de espelhar o rival acabou concretizada após o anúncio da escalação botafoguense.

– Teve a ver com a mudança do Botafogo, sim. Quando coloquei o Diego, queria segurar mais ele, pedi para avisar o Botafogo, com 50 minutos antes, para eles não serem pegos de surpresa com a escalação – argumentou.

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O resultado negativo desta quinta interrompeu uma sequência de 15 jogos de invencibilidade do São Paulo na temporada. A equipe permaneceu com 18 pontos e ocupa a quinta colocação no Brasileirão.

O próximo compromisso está agendado para segunda-feira, às 20h (de Brasília), diante do líder Palmeiras, no Morumbi.

Melhores momentos: Botafogo 1 x 0 São Paulo, pela 12ª rodada do Brasileirão 2022

Confira mais respostas de Rogério Ceni:

Marcos Guilherme
– Não tem nenhuma indicação minha (contratação), nenhum jogador sendo procurado no momento. Todo e qualquer nome que é especulado é boato. Da minha parte não tem nenhuma indicação. O São Paulo não cai de produção, jogou bem contra o Coritiba e Corinthians fora de casa. Hoje aqui o gramado atrapalhou o jogo como um todo. Virou uma competição, briga dentro de campo.

Falta de atacante de velocidade
– Hoje não vou nem colocar no aspecto a falta de jogador, a gente já está acostumando a jogar sem o velocista. O Rigoni é o mais rápido. Uma surpresa o Carli hoje, que tornou a defesa muito fechada. O Botafogo colocou dois jogadores muito rápidos e fortes na frente. A gente tem um jogo mais construído, com o Luciano mais por dentro, Patrick também hoje.

– Tentamos dar volume no meio de campo, ganhar o meio de campo. Pelo esquerdo funcionou. No direito, o Rafinha rende mais na linha de quatro. Mas hoje eu acho que cada um tentou fazer o possível, competir ao máximo. Para alguns jogos pode faltar o jogador mais rápido, mas hoje foi mais combate.

Marca de 50 jogos nesta passagem
– O gramado é pesado, não posso garantir que seja determinante algum jogador. Rigoni e André tentaram, tentamos com quatro meias. Acho que perdemos na força física do adversário. Eu não sabia que tinha feito 50 jogos hoje, mas acho que os treinadores precisam ter mais marcas. Acho que é muito pouco para se comemorar. A gente que jogou 1.000 jogos, comemorar 50 é estranho.

Problemas de lesão
– Todo elenco que a gente tinha a disposição estava presente. A gente não tem como fugir disso aqui. Na Sul-Americana, a gente podia viajar com um time e deixar o outro treinando. Hoje viajamos com 21 jogadores de linha e os outros estão lesionados. O material que temos hoje são esses, é tentar recuperar eles para jogar contra o Palmeiras.

– É jogo duro (contra o Palmeiras). Vamos tentar recuperar os jogadores, mas não temos ninguém para voltar. Alisson, Sara, Nikão, Colorado, Caio não voltam. Temos muitos jogadores fora sem perspectiva de volta. O que temos é isso aqui e vamos tentar recuperar para competir.

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