GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Meia já está há mais de um mês sem jogar devido a tratamento para acabar com dores no local.
As insistentes dores no tornozelo esquerdo de Nikão, do São Paulo, deram margem a uma questão: esse problema seria suficiente para tirar o meia de combate por mais de um mês?
A reportagem do ge ouviu pessoas próximas ao jogador e pessoas do clube para entender a real situação de Nikão, contratado no início da temporada como uma das principais apostas, mas que só fez um gol em 20 partidas disputadas e ainda está longe de cair nas graças da torcida.
No dia 23 de abril, após o jogo contra o Red Bull Bragantino, Nikão sofreu uma pancada no tornozelo esquerdo e foi diagnosticado com um trauma no local. Ele retornou apenas no dia 15 de maio, contra o Cuiabá.
Naquela ocasião, o meia entrou no segundo tempo do confronto e fez o gol – seu primeiro pelo São Paulo (assista acima) – que garantiu a vitória da equipe de virada, por 2 a 1.
Nikão em treino do São Paulo — Foto: Divulgação
No jogo seguinte, contra o Jorge Wilstermann, pela Copa Sul-Americana, no dia 19 de maio, Nikão foi titular e atuou mesmo sentindo dores no pé esquerdo, o mesmo que havia sofrido o trauma no mês anterior. Ele jogou por 60 minutos.
No dia seguinte, no CT da Barra Funda, o meia relatou as dores, e a fisioterapia do clube iniciou os primeiros procedimentos. Três dias depois, ao retornar para corridas no gramado, as dores seguiam e o inchaço não diminuía.
A alternativa encontrada, então, foi levá-lo a um especialista de tornozelos, que identificou uma sinovite no local, problema crônico que pode causar um derrame na área afetada. O trauma impede alguns movimentos, por exemplo.
Nikão na chegada do São Paulo ao Morumbi — Foto: Marcos Ribolli
A partir deste momento, Nikão passou a tomar medicamentos específicos e também fez trabalhos direcionados para reduzir o trauma. O tempo de recuperação ficou estimado em mais quatro semanas depois dessa consulta.
Em meio a esta recuperação, um pequeno cisto na parte de trás do tornozelo foi encontrado em um ultrassom. Segundo o clube, porém, ele não tinha nenhuma relação com a sinovite e é comum em muitos casos de jogadores de futebol.
Em um procedimento no próprio clube, o cisto foi retirado na última sexta-feira com uma agulha, drenando o líquido que estava ali.
Praticamente sem dores, Nikão voltou a correr no gramado do CT da Barra Funda nos últimos dias, e o clube espera que ele comece a transição para trabalhos com o grupo na próxima semana. Ainda não há uma expectativa de quando ele irá retornar aos jogos.
No Athletico, Nikão sofreu pouco com lesões durante os sete anos em que esteve no clube. Em todas as temporadas ele teve mais de 35 jogos e conseguiu sequências como titular. Em 2021, por exemplo, foram 51 partidas disputadas e 11 gols marcados.
Já no São Paulo, seu início tem sido complicado. De 39 jogos, ele esteve disponível em apenas 20, pouco acima dos 51% de presença.
Ele não enfrenta o Palmeiras, nesta quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Morumbi, pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil.
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