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Clube uruguaio divulgou comunicado na quarta para explicar termos da rescisão com volante, que se mudou para o Morumbi no ano passado.
O volante Gabriel Neves, do São Paulo, disse que ele e sua família receberam ameaças nos últimos dias, após torcedores do Nacional, do Uruguai, questionarem os termos de sua saída do clube de Montevidéu, no ano passado.
Foram levantadas dúvidas sobre o modelo do negócio, que o clube uruguaio, na época, chegou a informar se tratar de um empréstimo com opção de compra pelo São Paulo – o que não aconteceu. Gabriel se transferiu de forma definitiva ao São Paulo
– Quero esclarecer, sei que vou receber críticas. Isso aceito. Mas a verdade é que minha família está recebendo ameaças, lendo coisas que não tem que ler. Isso me dói. Sempre fiz as coisas direito com o Nacional, ninguém pode se queixar de mim lá – disse o volante à rádio Sport 890 na última quarta.
Gabriel Neves em treino do São Paulo nesta segunda-feira — Foto: Erico Leonan/saopaulofc.net
As declarações do volante foram motivadas por um comunicado do Nacional, publicado horas antes, em que o clube dá sua versão sobre a saída.
Segundo a diretoria do Nacional, Gabriel tinha contrato até o fim de 2021 e informou, seis meses antes, que não pretendia renovar. O clube, consciente de que o jogador poderia assinar um pré-contrato, aceitou uma rescisão antecipada pela qual recebeu US$ 300 mil dólares do atleta – o mesmo valor que o São Paulo pagou como luvas pela assinatura de contrato, em agosto.
À rádio, Gabriel Neves afirmou que, ao renovar contato com o Nacional em 2020, já havia avisado que seria a última vez e que queria mudar de clube quando o acordo vencesse.
– No início de 2021 chega uma oferta do São Paulo, mas Nacional, não sei se não a leu ou se pareceu baixa, disse que não. Chegou a metade de 2021, onde eu tinha a opção de ir livre no fim do ano, mas disse a meu agente que não queria sair assim. A realidade é que a poucos meses do fim, poucas equipes vão fazer proposta para comprar, e o que conseguimos foi isso, um acordo onde se dava um dinheiro ao clube.
Gabriel disse que os US$ 300 mil foram dados todo ao Nacional, o que não aconteceria se fosse feita uma transferência entre clubes – e que ele mesmo teria direito a uma porcentagem nessa hipótese.
No comunicado, o Nacional afirma ter um acordo para receber 20%, com um teto de US$ 700 mil, de uma possível transferência de Gabriel para um terceiro clube em 2022 – esse acerto vale para 2023, também, mas com teto de US$ 500 mil.
O São Paulo assinou com Gabriel até o fim desta temporada e é detentor de 100% dos direitos econômicos.
Ao fim deste ano, o clube tem a opção de ampliar o vínculo com Gabriel por mais US$ 1,7 milhão – valor que será pago em luvas ao jogador.
O volante, porém, tem sido pouco utilizado e a avaliação, no Morumbi, é de que o acordo não será estendido.
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