Brunno Carvalho – Do UOL, em São Paulo
O São Paulo trabalha com cautela a situação de Walce. O zagueiro de 23 anos tem contrato apenas até o fim desta temporada, mas as partes ainda não se reuniram para conversar sobre o novo vínculo. A prioridade é a recuperação do atleta, que não entra em campo há dois anos e meio — ele realizou três cirurgias no joelho neste período.
A postura de tranquilidade se mantém, mesmo com a possibilidade de Walce assinar pré-contrato com qualquer outra equipe a partir de 1° de julho. Fontes do departamento de futebol são-paulino ouvidas pelo UOL Esporte tratam como praticamente impossível que o zagueiro feche acordo com outro clube.
O entorno de Walce segue linha semelhante à do clube. Pessoas ouvidas pela reportagem disseram que o São Paulo já manifestou interesse em permanecer com o zagueiro e que o novo vínculo deve ser acertado nos próximos meses.
A possibilidade de uma troca de ares passou a existir porque o defensor foi liberado pelo departamento médico são-paulino. Ele não consta mais nas listas de lesionados. Walce, no entanto, ainda trabalha para recuperar a condição física necessária para que possa voltar a atuar.
A demora em seu retorno é considerada normal pelo fato de ele não entrar em campo há tanto tempo — o último jogo do atleta foi em dezembro de 2019, no duelo contra o CSA, pelo Brasileirão. A volta precoce poderia causar lesões musculares. O defensor tem trabalhado com os demais jogadores do elenco, mas ainda não faz atividades de contato físico.
A relação de Walce com o clube que o revelou para o futebol é considerada muito boa. O zagueiro é elogiado internamente por sua dedicação e a crença de que voltará aos gramados após tanto tempo longe.
Série de operações
O zagueiro de 23 anos passou por três cirurgias para corrigir o rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho sofrido durante treino da seleção brasileira pré-olímpica, no início de 2020. A operação mais recente aconteceu em junho do ano passado.
Em entrevista ao UOL Esporte no ano passado, Walce relatou o drama sofrido durante a recuperação de uma das cirurgias. O zagueiro afirmou sonhar com o dia em que poderá voltar a disputar uma partida de futebol.
“Eu mentalizo estar dentro do Morumbi cheio, com a casa lotada e a torcida me apoiando. E eu entro em campo nem que seja por dois minutos para poder voltar a sentir esse momento. Isso para mim já vai ser um divisor de águas”, disse.
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