GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
O técnico Rogério Ceni deixou o Morumbi bastante incomodado com o sistema defensivo do São Paulo neste sábado, no empate em 3 a 3 com o Goiás, pela última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Tendo sofrido seis gols nos últimos dois jogos da competição, o Tricolor vem se distanciando cada vez mais das primeiras colocações e causando uma grande dor de cabeça em seu comandante.
“Acho que hoje finalizamos mais, porém finalizamos muito para fora do gol. Tivemos boas oportunidades, como também foi contra o Inter, mas hoje em número maior. Mas, erramos muito o alvo, faltando pouca coisa para colocar a bola para dentro. Jogamos pelo quarto gol a todo tempo, e, infelizmente, na marcação estamos deixando a desejar, temos que tentar corrigir, mas o tempo é curto para treinamento”, comentou Rogério Ceni.
Passado o novo tropeço no Campeonato Brasileiro, o São Paulo terá um intervalo maior até seu próximo compromisso, que acontece quinta-feira, contra o América-MG, no Morumbi, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil. Com quatro dias até o primeiro jogo da decisão, o elenco tricolor poderá descansar e corrigir o que vem dando errado, sobretudo defensivamente.
“Pela primeira vez teremos mais tempo para trabalhar a parte defensiva, porque os erros têm sido corriqueiros. Placares são legais para quem assiste, mas, para o treinador, sofrer seis gols em dois jogos mostra alguns erros coletivos, uma ou outra falha individual e também a responsabilidade nossa em tentar fazer o time melhorar na parte defensiva”, prosseguiu.
Com nove desfalques por lesão (Arboleda, Luan, Caio, Jandrei, Léo, Miranda, Reinaldo, André Anderson e Alisson), Rogério Ceni vem sendo obrigado a abrir mão do esquema com três zagueiros utilizado na maioria dos jogos recentes e recorrer a improvisações em alguns setores. A dura maratona de jogos é outro grande obstáculo para o treinador, que, ao contrário de outras equipes do futebol brasileiro, não vem tendo muitas opções para rodar seu elenco.
“Nós jogamos dia 14, 17, 20 e 23. Com tanta gente fora, chega uma hora que o cansaço bate. Tomar 3 gols é muito ruim pra um time profissional. Eu, como treinador, e o time, como um todo, precisa evoluir nesse quesito independente do número de desfalques. Não podemos estar tão expostos, cometer erros que levam a gente perder pontos importantes”, afirmou Ceni.
“A frente vem funcionando com gols, mas precisamos caprichar mais nas finalizações. E temos que trabalhar defensivamente pra coordenar mais os movimentos, sincronizar melhor os movimentos pra que a gente não sofra tantos gols. A média de gols sofridos é muito alta”, concluiu.
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