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Com 37 anos, Miranda é um dos veteranos do São Paulo. O zagueiro retornou ao clube em março do último ano e não vê aposentadoria como algo próximo. Em entrevista ao ‘Canal do Hernan’, o zagueiro destacou que não pretende abandonar os campos em breve e afirmou que ainda não pensa em uma idade específica para ‘pendurar as chuteiras’.
“Não penso muito no futuro, penso no meu presente. Fazer o melhor a cada dia e cada momento, é isso que eu quero demonstrar. Não passa na minha cabeça, o dia que eu decidir vai ser rápido. Hoje penso em jogar futebol e fazer o meu melhor”, disse. Esta é sua segunda passagem pelo São Paulo. Miranda carrega até mesmo uma certa idolatria no clube. O jogador esteve presente nas conquistas do Campeonato Brasileiro de 2006, 2007 e 2008. Na primeira vez, atuou com a camisa do clube tricolor de 2006 até 2011, retornando dez anos depois, em 2021.
Também com os carimbos da Europa em seu passaporte, onde jogou no Atlético de Madrid e na Inter de Milão, fez parte do elenco da Copa do Mundo de 2018. Miranda, inclusive, chegou a atuar ao lado de quem o treina atualmente: Rogério Ceni, que se aposentou em 2015, aos 42 anos. Porém, retornou ao Tricolor paulista ainda no comando de Hernán Crespo. De acordo com o defensor, sua volta a equipe foi intermediada por um nome muito importante para o clube. Muricy Ramalho, ex-técnico e que hoje atua como coordenador de futebol do São Paulo, foi um dos grandes apoiadores.
“Ele foi um dos caras que apoiou meu retorno, conversei com ele antes de retornar, foi importante a presença de Muricy no São Paulo para eu poder retornar, é um cara que eu converso bastante. Após os jogos, falo com ele, ele me liga, me manda mensagem”, disse ao ‘Canal do Hernan’. Porém, a temporada de Miranda neste ano foi um pouco atípica. O jogador ficou mais de metade das partidas do Tricolor no banco. O camisa 22 esteve presente em 24 jogos dos 49 disputados. Antes da lesão de Arboleda, Rogério Ceni seguia – na maioria dos jogos – um padrão na linha de defesa. Com o sistema de três zagueiros comumente adotado, a escalação seguia uma premissa com o equatoriano, Diego Costa e Léo.
Com o desfalque do camisa 5, que sofreu uma cirurgia no tornozelo após uma ruptura de ligamentos, Miranda voltou a ganhar mais minutos em campo. Sempre com o espírito de liderança, ressaltou que os momentos no banco de reservas não fez com que abaixasse a cabeça. “Foi difícil, nunca passei por uma situação dessa. Foi um momento para parar e pensar, conquistar meu espaço. Só o que estou fazendo não é suficiente. Abri mão de folga, para me dedicar e treinar. Foi um momento que eu fui para o banco, entraram jogadores que fizeram bem também, no Paulista, mas em momento nenhum abaixei a cabeça. Sempre apoiei meus companheiros que estavam jogando, dei moral, porque era minha função como líder”, destacou. Porém, após o jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, quando o São Paulo eliminou o Palmeiras, o defensor deu queixas de dores musculares, e assim, ficou afastado por um tempo. Nesta semana, voltou a treinar junto ao restante do elenco e acendeu a chama da possibilidade de ficar a disposição para o jogo de quinta-feira (28), contra o América-MG, válido pelas quartas de final da Copa do Brasil.
O primeiro encontro das equipes acontece no estádio do Morumbi e a presença do veterano seria uma peça importante para o elenco de Rogério Ceni – que já demonstrou ter a competição como um dos principais focos deste ano. Com sua ausência desde o clássico, o setor defensivo ficou concentrado na mão dos atletas mais jovens – como Beraldo e Luizão. Rafinha chegou até a ser improvisado como zagueiro, mas não rendeu tão bem. A presença de Miranda é essencial para ter alguém mais experiente ao lado dos mais novos em um confronto tão importante quanto a Copa do Brasil.
Mesmo sem uma previsão próxima de aposentadoria, o seu contrato com o São Paulo vai até o final deste ano. Ainda nada foi informado a respeito de uma possível renovação.
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