GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
A derrota do São Paulo para o Flamengo por 3 a 1, nesta quarta-feira, no Morumbi, não condiz com o que foi o jogo. O Tricolor enfrentou o melhor time da América do Sul como se estivesse na mesma prateleira e foi superior ao rival na maior parte do confronto. Porém, no fim, prevaleceu a qualidade do conjunto rubro-negro.
O técnico Rogério Ceni provou mais uma vez o valor de seu trabalho, que é excelente. Dentro de campo, o São Paulo fez por merecer o magnífico apoio de sua torcida nesta temporada e acuou o todo poderoso Flamengo após o adversário abrir o placar.
Patrick foi o principal nome do São Paulo nesta quarta-feira. O Pantera protagonizou as principais jogadas da equipe e só não foi premiado com um gol porque o goleiro Santos estava em uma noite iluminada. Apesar de todo o esforço ao longo dos 90 minutos, também faltou um pouco de sorte ao Tricolor.
Muitos questionaram a ausência de Luciano, herói do São Paulo nas quartas de final da Copa do Brasil, no time titular. Mas, foi graças a Patrick, que o substituiu, que o Tricolor incomodou bastante pelo lado esquerdo, onde o Pantera fez diversas dobradinhas com Reinaldo, criando superioridade numérica sobre Rodinei.
Em termos coletivos, o São Paulo fez tudo o que era possível. As engrenagens funcionaram como Rogério Ceni havia previsto, mas existem certos elementos do jogo que não dependem da atuação do treinador. A conclusão das jogadas é um deles. Neste caso, levou a melhor quem tem mais qualidade.
O Flamengo chegou poucas vezes na área do São Paulo, mas nas raras oportunidades que teve, foi eficiente e colocou a bola nas redes com João Gomes, Gabigol e nos acréscimos do segundo tempo com Everton Cebolinha.
Já o Tricolor teve muito mais chances, mas os toques finais das jogadas eram menos precisos. Rodrigo Nestor, autor do único gol são-paulino na partida, teve em seus pés a oportunidade de empatar ainda no primeiro tempo, mas chutou para longe, mesmo estando dentro da área, por exemplo.
Apesar do amargo resultado diante de mais de 51 mil torcedores no Morumbi, o São Paulo sai de cabeça erguida e mais forte para os compromissos seguintes. Na próxima quinta-feira, o Tricolor disputará o primeiro jogo da semifinal da Copa Sul-Americana, contra o Atlético-GO, fora de casa, e precisa se reerguer para tentar chegar à decisão do torneio continental, em que tem muito mais chances de erguer a taça.
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