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Tricolor coloca competição como um dos principais objetivos da temporada.
Rogério Ceni adotou um discurso no começo do Campeonato Brasileiro que deixava claro: a prioridade do São Paulo no ano seria conquistar, na competição nacional, uma vaga direta para a próxima Libertadores.
No entanto, conforme o time foi avançando na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil, as prioridades mudaram.
Isso ficou claro no fim de semana: antes do duelo desta quarta-feira, diante do Ceará, às 20h, no Morumbi, no jogo de ida das quartas de final da Sul-Americana, o treinador descansou os principais jogadores contra o Athletico.
Essa mudança de chave tem alguns motivos, como a possibilidade de um título internacional após dez anos, o dinheiro envolvido nas competições e, novamente, a vaga direta na Libertadores, mas desta vez por outro caminho.
Abaixo, o ge separou cinco motivos que fizeram o Tricolor mudar o discurso e suas ações.
Rogério Ceni, técnico do São Paulo — Foto: Robson Mafra/AGIF
Fim de jejum
Um possível título da Copa Sul-Americana pode dar fim a um jejum de dez anos sem taças internacionais no clube. A última conquista deste porte foi justamente a Sul-Americana de 2012.
De lá para cá, o São Paulo acumulou decepções nos mata-matas de Libertadores e Sul-Americana. Em 2020, por exemplo, foi eliminado na fase de grupos da Libertadores.
Dinheiro
Até aqui, o São Paulo acumulou 2 milhões de dólares (R$ 10,5 milhões) na Sul-Americana deste ano. Foram 900 mil dólares pelos três jogos como mandante na etapa de grupos, 500 mil dólares pelas oitavas de final e mais 600 mil dólares pelas quartas.
Se avançar para a semifinal, serão mais 800 mil dólares (R$ 4,2 milhões). O campeão da competição vai faturar 5 milhões de dólares (R$ 26,6 milhões) pela conquista, enquanto o vice ficará com 2 milhões de dólares (R$ 10,5 milhões).
Patrick em São Paulo x Universidad Católica — Foto: Marcos Ribolli
Vaga na Libertadores
Vencer a Copa Sul-Americana significa uma vaga direta para a Libertadores de 2023. No ano passado, o São Paulo não conseguiu vaga para a edição deste ano por nenhum dos caminhos e houve grande frustração pela perda de faturamento na competição.
Busca por reforços
Ao avançar na Sul-Americana e na Copa do Brasil, o São Paulo também mudou o perfil em relação a contratações. Após fechar com Marcos Guilherme, a sensação era de que o clube não iria mais ao mercado.
No entanto, a boa fase nas copas fez a cúpula são-paulina repensar seu planejamento. O clube foi com ímpeto para tentar fechar com mais jogadores.
Nahuel Bustos em ação pelo Girona, da Espanha — Foto: Getty Images
No período de uma semana, o Tricolor acertou com o goleiro Felipe Alves e o meio-campista Giuliano Galoppo. E encaminhou os empréstimos do atacante Nahuel Bustos e do zagueiro Nahuel Ferraresi.
Caminho mais fácil
O caminho da Copa Sul-Americana é teoricamente mais fácil para o São Paulo conquistar um título nesta temporada. O Ceará, adversário das quartas de final, não tem tradição em competições internacionais, embora seja considerado um rival complicado.
Caso avance para a semifinal, os possíveis adversários são Atlético-GO (sem tradição em torneio internacional) e Nacional, do Uruguai, que apesar de ter se reforçado com Luis Suárez, não ganha um título internacional importante desde a Libertadores de 1988.
Na final, o páreo pode ser mais duro, com a possibilidade de enfrentar o Internacional. Ainda há Deportivo Táchira, da Venezuela, Independiente del Valle, do Equador, e Melgar, do Peru.
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