Sob o comando do São Paulo, ele conquistou o mundo e a América em duas oportunidades
O São Paulo é um dos clubes mais bem sucedidos do Brasil e do mundo. Fundado em 1930, o tricolor do Morumbi conquistou os principais títulos a nível nacional e internacional. Por trás das grandes conquistas estão torcida, diretoria, comissão técnica e, claro, jogadores.
Geralmente, títulos importantes proporcionam a criação de ídolos. E no São Paulo não é diferente, ainda mais se tratando de uma equipe vitoriosa. Sobram ídolos no Clube da Fé, desde Serginho Chulapa, passando por Raí e chegando no mito Rogério Ceni. Os técnicos também são lembrados com carinho pela torcida, principalmente Muricy Ramalho e o mestre Telê Santana.
Para muitos membros da torcida, o técnico bicampeão do mundo e da América é o maior da história são-paulina. Então relembre a trajetória do treinador multicampeão pelo São Paulo.
Início da carreira
Nascido em 1931, na cidade de Itabirito, Minas Gerais, Telê Santana da Silva iniciou a sua trajetória como jogador profissional no Fluminense. A passagem pelas Laranjeiras durou entre 1951 e 1960, trocou o Rio por São Paulo para vestir as cores do Guarani.
Além disso, Telê passou por Madureira e Vasco da Gama, onde pendurou as chuteiras. A partir daí, o mineiro decidiu seguir no futebol, mas fora das quatros linhas. Seu primeiro trabalho foi justamente no Fluminense. Logo após, acertou com o Atlético Mineiro.
Campeão brasileiro e primeira passagem pela seleção
A parceria rendeu o título do Brasileirão de 1971, sua primeira grande conquista como técnico. Posteriormente, arrumou as malas e foi sentido Porto Alegre, para treinar o Grêmio. Telê Santana comandou o elenco gremista no título do Gauchão de 1977. Depois disso, passou pelo Palmeiras, último clube antes da sua primeira passagem pela seleção brasileira.
O convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) surgiu em virtude dos ótimos trabalhos do técnico no futebol brasileiro. Assim, Telê aceitou o desafio de dirigir o Brasil em 1980. Dois anos depois, representou o nosso país na Copa do Mundo de 1982, realizada na Espanha. Mas o selecionado, integrado por Zico, Falcão e Sócrates, caiu para a Itália, culminando na queda do treinador.
Copa de 1986 e chegada ao São Paulo
Ficou três anos no mundo árabe até retornar ao comando da seleção. Dessa vez, a missão era vencer a Copa do Mundo de 1986, sediada no México. Porém, o caneco foi erguido por Maradona, não por Edinho, capitão do Brasil na competição. Vale lembrar que a equipe verde e amarela deixou a Copa sem derrotas, caindo para a França nos pênaltis.
Após a segunda passagem pelo Brasil, Telê Santana treinou Atlético Mineiro, Flamengo e Palmeiras. Até que em 1990, recebeu uma proposta que mudaria a sua carreira: comandar o São Paulo. A meta era esquecer a péssima campanha no Paulistão daquele ano, sob o comando de Pablo Forlán.
Para isso, apostou no talento de Cafu, Raí, Leonardo e Antônio Carlos, que levaram o São Paulo ao vice-campeonato do Brasileirão de 1990. Com a base do ano anterior, e mais alguns reforços, Telê garantiu o título do Brasileirão de 1991. E, lógico, a vaga para a Copa Libertadores, competição que o tricolor ainda não tinha vencido.
Era Telê no tricolor
Em 1992, Telê Santana e seus homens conquistaram a América pela primeira vez, ao bater os argentinos do Newell ‘s Old Boys na final. O título rendeu a oportunidade de duelar com o campeão europeu Barcelona, que foi superado por 2 a 1, com gols de Raí.
A história se repetiu em 1993. Venceu a Liberta diante da Universidad Católica, do Chile, somando 5 a 3 no placar agregado. Em dezembro, o elenco são-paulino atravessou o mundo para enfrentar e ganhar do poderoso Milan por 3 a 2, graças aos tentos de Cerezo, Müller e Palhinha.
Morte e legado
Telê Santana ficou no Morumbi até 1996, quando resolveu se aposentar. Uma década depois, em 2006, o ex-treinador faleceu aos 74 anos de idade.
O mestre deixou um legado para o futebol brasileiro, ele sempre gostava de times ofensivos, que atacassem em grande parte da partida. Ou seja, fomentou o futebol arte, com belos dribles e muitos gols.
O técnico não apenas se preocupava com o jogo apresentando dentro de campo, como também enfatizava a necessidade de cuidar da estrutura dos clubes. Conhecido por seu perfeccionismo, Telê é lembrado por ser um grande disciplinador. Influenciou positivamente na formação do caráter de seus atletas
Além de Telê, Rogério Ceni tem um lugar guardado no coração dos são-paulinos
Não há dúvidas: Rogério Ceni também é um dos maiores nomes da história tricolor. E se você gosta do mundo das apostas esportivas, sabe que ele está em evidência. O jovem goleiro iniciou a sua carreira no modesto Sinop, clube mato-grossense. Suas atuações chamaram a atenção do São Paulo logo cedo, aos 17 anos de idade.
Ceni passou algum tempo nas categorias de base, até que Telê Santana resolveu promover o garoto ao time principal. Assumiu o posto de titular absoluto em 1996, após a saída do lendário Zetti.
Em virtude das boas exibições no fim da década de 1990 e início dos anos 2000, Ceni garantiu vaga na lista de Felipão para a Copa de 2002. Portanto, integrou o elenco pentacampeão do mundo.
Sem dúvida, 2005 foi um dos anos mais marcantes da brilhante trajetória de Rogério no São Paulo. Além de toda a importância na campanha no título da Libertadores, o goleiro foi peça-chave na conquista do Mundial de Clubes da FIFA, fazendo uma atuação magistral contra o Liverpool.
Nos três anos seguintes, o São Paulo de Ceni venceu três campeonatos brasileiros em sequência. O último troféu com o manto tricolor aconteceu em 2012, graças ao título da Copa Sul-Americana.
Além de suas defesas, Rogério Ceni também ficou mundialmente conhecido pelos gols. Em 1237 jogos disputados, o mito balançou as redes em 131 oportunidades. Grande parte de sua vida foi dedicada ao São Paulo. Pelo amor à camisa, Ceni é tido como um dos maiores da história tricolor.
Não é fácil dizer quem é o grande ídolo do São Paulo. Além de Telê e Ceni, nomes como Raí, Müller, Toninho Cerezo, Careca, Dario Pereyra e Serginho Chulapa marcaram época no Morumbi. O tema rende horas de discussão entre adeptos do São Paulo. A conversa dificilmente chega ao fim com apenas um ídolo eleito de maneira unânime.
LEIA TAMBÉM:
- Além das 4 linhas – As saídas
- São Paulo reduz folha salarial para ter Oscar e pode chegar a 15 saídas até janeiro
- Wellington Rato cita “contrato até 2026” e rebate rumores sobre saída do São Paulo
- São Paulo deve ceder Galoppo por empréstimo ao Santos; cláusula gera debate entre as diretorias
- Fora de casa, Basquete Tricolor encara o Minas pelo NBB