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Equipe encara o Atlético-GO por vaga em final e para cumprir meta de cartolas e do técnico.
Em um calendário no qual dividiu atenções com o Brasileiro e a Copa do Brasil, a Copa Sul-Americana foi tratada com menor importância pelo São Paulo em seu início, com a escalação de times cheios de reservas e garotos recém-subidos da base. Mas não é mais assim.
Nesta quinta-feira, o São Paulo enfrenta o Atlético-GO, no Serra Dourada, no jogo de ida da semifinal do torneio sob a pressão de estar “obrigado” a avançar. Calleri até comentou que é o duelo mais importante dos últimos dez anos”.
Rogério Ceni conversa com jogadores em treino do São Paulo — Foto: São Paulo
A temporada do time levou a essa mudança de pensamento.
O técnico Rogério Ceni sempre colocou a classificação para a Libertadores do ano que vem como a missão a ser cumprida em 2022. A princípio, ela deveria ser alcançada pelo Brasileiro, competição em que o treinador via mais condições por ser mais previsível.
A campanha ruim, porém, afastou essa chance. O São Paulo é o 13º colocado, com 29 pontos, distante 10 pontos do Athletico, o sexto e último que, hoje, ficaria com um lugar na Libertadores do ano que vem.
Por isso, Ceni passou a poupar jogadores no Brasileiro para tê-los mais descansados na Copa do Brasil e Sul-Americana, torneios de mata-mata que também classificam para a Libertadores – mas só os que os vencem.
A tarefa ficou complicada na Copa do Brasil: em jogo de ida da semifinal, no Morumbi, há uma semana, o São Paulo perdeu de 3 a 1 do Flamengo e terá que vencer por três ou mais gols no Maracanã, dia 14 de setembro, para passar.
Foi nesse cenário que Ceni, logo após a derrota em casa, admitiu que aposta, agora, na Sul-Americana:
– Temos uma competição importante, que é a Sul-Americana, onde temos que de qualquer maneira tentar… Com todo o respeito que temos ao Atlético-GO, mas temos que chegar à final dessa competição. É algo que dá uma condição boa para o ano que vem – afirmou Ceni.
O sentimento de obrigação também se percebe em dirigentes em conversas reservadas. Seria uma forma de compensar outras frustrações da temporada em um confronto com uma equipe de investimento bem menor – e que atualmente ocupa a vice-lanterna do Brasileiro.
Chegar à final da Sul-Americana também faria o São Paulo cumprir uma meta estipulada no orçamento da equipe – uma forma de prever receitas com premiações na temporada.
Por estar na semifinal, o clube do Morumbi já arrecadou US$ 2,8 milhões (cerca de R$ 14,3 milhões). O campeão da Sul-Americana ganha mais US$ 5 milhões (R$ 25,5 milhões), e o vice, US$ 2 milhões (R$ 10,2 milhões).
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