Marcos Guilherme vê ambiente melhor no São Paulo em retorno e fala sobre sonho de taça

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GloboEsporte

José Edgar de Matos e Miler Alves

Atacante, que defendeu o clube em 2017, admite estranhamento por ser treinado por Rogério Ceni, seu ídolo na infância como torcedor tricolor.

O atacante Marcos Guilherme voltou ao São Paulo no meio da atual temporada, cinco anos após sua primeira passagem pelo clube. E conta ter encontrado um ambiente bem diferente.

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Em 2017, o São Paulo sofreu no Brasileiro e correu riscos de ser rebaixado (ele ficou até a metade de 2018). Hoje, está a uma semana de disputar uma final internacional e com a possibilidade de vencer um torneio sul-americano após dez anos.

Marcos Guilherme em Inter x São Paulo — Foto: Pedro H. Tesch/AGIF

Marcos Guilherme em Inter x São Paulo — Foto: Pedro H. Tesch/AGIF

No próximo sábado, o São Paulo estará em Córdoba, na Argentina, para a final da Sul-Americana, contra o Independiente Del Valle, do Equador.

– Está um ambiente diferente. Até porque também, quando eu cheguei naquela época, a gente estava brigando ali contra um descenso. Isso já cria um peso. Hoje a gente está no oposto né? Hoje a gente está brigando por um título – disse o atacante em entrevista exclusiva ao ge.

Para ele, há mudanças também estruturais, que ajudam o time.

– O São Paulo tem feito reformas no Reffis. Está cada vez mais querendo se atualizar, cada vez mais querendo nos dar as melhores condições para poder trabalhar. O clube tem tem se organizado – afirmou.

Torcedor do São Paulo, como fez questão de reforçar ao retornar ao clube, Marcos Guilherme comentou sobre o sonho de vencer um título com a camisa do clube:

– É difícil de explicar. Eu lembro muito de assistir o São Paulo com os meus tios, com meus amigos. Naquela época que ganhava tudo. Isso aí marca uma criança. Hoje eu tenho a oportunidade de ser campeão em campo. É difícil de falar. É um sentimento muito bom, de ficar marcado pra sempre.

Marcos Guilherme, quando criança, com uma camisa do São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal

Marcos Guilherme, quando criança, com uma camisa do São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal

Como torcedor, ele admitiu estranhamento ao chegar ao São Paulo, em julho, e trabalhar com Rogério Ceni, um ídolo de infância.

– No começo era bem estranho. Você assistiu o cara, torcia por ele, comemorava os gols dos títulos dele, e hoje estamos trabalhando juntos. Agora eu já estou um pouco mais acostumado, já consigo separar bem.

Desde que voltou ao São Paulo, Marcos Guilherme fez sete partidas, cinco delas como titular – ele tem sido utilizando principalmente no Brasileiro – e ainda não fez gols.

Ele deve começar no banco a partida deste domingo, no Morumbi, às 20h, contra o Avaí, pelo Brasileiro, assim como a decisão da próxima semana, contra o Independiente Del Valle.

O atacante tem contrato só até o fim do ano com o São Paulo, com cláusulas que podem estender o vínculo por mais uma temporada.

Ele admite vontade de permanecer, mas disse que ainda não há uma negociação.

– Não tem nem a possibilidade de a gente conversar sobre alguma coisa ainda no momento, prestes a disputar uma final tão importante. Eu estou muito focado em ajudar, em evoluir. Estou muito focado nisso porque acho que eu posso contribuir muito mais do que que eu tenho contribuído.

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