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Eduardo Rodrigues e José Edgar de Matos
Meio-campista vive a temporada mais artilheira da carreira e cresce no time de Ceni; contra o Flamengo, no Maracanã, ele estará bem perto de onde começou, no Olaria.
O bom filho a casa torna, diz o ditado. Carioca de nascimento, Patrick está de volta ao Rio de Janeiro para confirmar o recente papel de protagonista do São Paulo, justamente num momento em que o Tricolor depende de gols e encara uma situação dificílima no duelo contra o Flamengo, pela semifinal da Copa do Brasil.
Derrotado por 3 a 1 no jogo de ida, no Morumbi, o time de Patrick precisa vencer por três gols de diferença nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Maracanã, para avançar à final da competição de mata-mata mais importante do calendário nacional.
O camisa 88 desembarca na cidade em que nasceu vivendo uma fase importante e de destaque, com protagonismo na última virada são-paulina, ocorrida na Copa Sul-Americana, contra o Atlético-GO, semana passada.
Patrick e seu filho comemoram a classificação do São Paulo à final da Sul-Americana — Foto: Marcos Ribolli
Patrick é de Olaria, bairro localizado a pouco mais de 10 quilômetros do Maracanã e no qual a mãe do jogador vive até hoje. Apesar disso, a carreira profissional foi toda construída fora do Rio de Janeiro.
Hoje um experiente atleta de 30 anos, Patrick atuou nas categorias de base do Olaria. O meia tentou começar a carreira em um cenário de maior repercussão e fez testes em Flamengo, Vasco e Botafogo, sem permanecer em nenhum dos clubes.
Patrick, com a família, na infância em Olaria — Foto: Arquivo Pessoal
Agora, perto de casa, o meio-campista recebe a chance de crescer ainda mais na equipe de Rogério Ceni, que precisa de uma reviravolta para seguir na briga pelo título inédito da Copa do Brasil.
O momento de Patrick é iluminado. O “Pantera Negra” anotou os dois gols que deram a vitória por 2 a 0 do São Paulo sobre o Atlético-GO, responsável por levar a decisão da semifinal da Sul-Americana para os pênaltis.
Patrick, do São Paulo, em time de futsal na infância; ele é o sexto agachado da esquerda para a direita — Foto: Arquivo Pessoal
No desempate, o Tricolor superou o Dragão e se classificou para disputar o título do torneio continental no próximo dia 1, às 17h (de Brasília), em Córdoba, na Argentina, contra o Independiente Del Valle.
Patrick, com o cabelo descolorido, jogando futebol na infância no Rio; o gesto do “Pantera Negra” já era o mesmo de hoje — Foto: Arquivo Pessoal
Os dois gols anotados na quinta-feira passada deixaram Patrick na terceira colocação entre os artilheiros do São Paulo na temporada.
São oito bolas nas redes adversárias em 2022, maior marca da carreira ao lado dos anos de 2018 e 2020, quando defendia o Internacional.
O meio-campista chegou ao Morumbi como um símbolo de mudança de elenco. O perfil aguerrido, a capacidade física e a versatilidade credenciaram o jogador como uma das principais contratações da temporada.
Em campo, o início foi complicado, com Covid-19 e uma lesão ainda no começo da temporada. O meio-campista engrenou a partir de maio, depois de anotar o primeiro gol pelo clube.
Meio-campista aberto ou até parceiro de Calleri no ataque, Patrick se consolidou como peça fundamental do time de Rogério Ceni. No Maracanã, perto da casa da mãe e de suas origens, o camisa 88 busca novo capítulo de destaque com a camisa tricolor.
Patrick com amigos no Rio de Janeiro, cidade na qual pode ser decisivo pelo São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal
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