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Por que Rogério condiciona sua permanência no São Paulo para 2023 à vitória na Sul-Americana se diretoria anunciou sua renovação até o fim do ano que vem em julho?
A direção do São Paulo anunciou a renovação do contrato de Rogério Ceni em 12 de julho, dois dias antes de enfrentar o Palmeiras no jogo de volta da Copa do Brasil. Ninguém na diretoria condicionou sua permanência a se classificar contra um rival quase centenário, diferentemente do que acontece na maior parte dos times brasileiros.
Mesmo assim, há oito dias, Rogério Ceni disse não saber se continuaria no Morumbi no ano que vem. Disse que ama o São Paulo, mas que precisa ser campeão.
Veja trecho da entrevista de Rogério Ceni, do São Paulo, após vitória sobre o Ceará
Na segunda-feira, 12 de setembro, o vice-presidente de futebol, Carlos Belmonte, deu entrevista afirmando que Rogério será o treinador do ano que vem. Seis dias depois, o São Paulo venceu o Ceará, e Rogério condicionou sua permanência a ser campeão. “Não sei se o clube está preparado para jogar a Libertadores no ano que vem.”
Ora, o técnico é parte dessa preparação.
Ao condicionar sua permanência ao título, Rogério aumenta a pressão sobre seus jogadores. Fica tudo em cima de um único jogo. Se ganhar, o sucesso é do técnico. Se perder, erros do clube.
“Eu vi hoje, outra vez, o Independiente del Valle.”
Dizem no Flamengo, até hoje, que uma parte do elenco se incomodava por saber que Rogério estudava muito os adversários, mérito, mas quase sempre apontava os riscos impostos pelo adversário, mais do que as qualidades que seu time poderia usar para explorar falhas do rival.
Era assim até no Flamengo, dono do melhor elenco do país. Rogério Ceni é um dos treinadores mais promissores do país. Se olhar para suas qualidades e desenvolver outras características, vai ser técnico do São Paulo pelo tempo que quiser, só sairá para a seleção brasileira ou para um clube europeu. Mas pode olhar para onde pode melhorar. Liderar é desenvolver seus liderados.
O São Paulo precisa se impor ao Independiente del Valle. Vencer. Se não conseguir, continuar o trabalho de reconstrução do clube. Longo trabalho, que precisa das pessoas que o conhecem e o amam.
Rogério faz parte disso e a diretoria já garantiu que confiará nele para seguir o processo de fortalecimento. A não ser que Rogério não queira. Nesse caso, ele dirá que não acredita neste São Paulo. Não é o São Paulo que não acredita nele.
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