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Ainda lutando com o São Paulo para buscar uma vaga na Libertadores pelo Campeonato Brasileiro, Rogério Ceni já começa a pensar na próxima temporada. Depois do empate sem gols contra o Palmeiras ontem (16), o treinador indicou que ficará em 2023.
“Nunca pedi demissão, nem cheguei a conversar sobre isso. Sobre planejamento, segunda ou terça, não lembro ao certo, tivemos uma reunião com participaram o Muricy [Ramalho], o Rui [Costa, executivo de futebol], o presidente, a diretoria e o diretor financeiro [Sergio Pimenta]. Foi uma explanação geral sobre a situação geral e a realidade do momento. A partir daí, vamos tentar novamente fazer um time competitivo para 2023. Nunca cogitei sair. A princípio, a gente fica, mas o futebol é efêmero. Espero que dê tudo certo para ficar aqui, gosto de estar aqui”, comentou.
Ceni não acredita que reforços vão chegar, mas aproveitou pra dizer que gostaria de ser consultado: “Não me parece que vamos ter contratações para o ano que vem. Se houvesse, sempre é importante ter a opinião do treinador, que vê as necessidades. Nem sempre, o clube consegue fazer a contratação desejável”, mandou o recado.
Diante do quadro, Rogério vê como alternativa usar os garotos formados na base, em Cotia. Mais jogadores vão subir e aumentar o elenco profissional. “Acredito que no ano que vem deve ser ainda mais utilizado pelas circunstâncias que o clube vive hoje”, contou.
Algumas perdas também serão inevitáveis, como o zagueiro Luizão. “Dificilmente fica. Não renovou até agora e o contrato acaba em janeiro, é uma coisa entre empresário. Na minha época, eu decidia sobre a minha carreira, mas isso mudou hoje. Ninguém me falou nada, mas um jogador perto do fim do contrato e que não renovou deve sair”, apontou.
Nem Libertadores muda cenário “A vaga é importante, o planejamento do clube com ou sem a vaga me parece o mesmo no clube para encarar o ano que vem. A vaga, para mim, quando nós focamos na Sul-Americana era para ter vindo na final. Isso não vai se apagar até o final do ano, teremos dias difíceis”, avaliou. Título da Sul-Americana não estava planejado, mas ainda dói Desde o dia 1 de outubro, quando perdeu para o Del Valle por 2 a 0, o técnico citou a derrota em suas coletivas.
“Se eu tivesse que fazer um planejamento, foi acima do que a gente esperava. Mas, se tratando da oportunidade que tínhamos, passa a ser um ano sem títulos. Desde que fui treinador, será o primeiro ano que passo sem título. O mais difícil é fracassar e ter força para retomar”, avaliou. E encerrou: “Só lamento a final da Sul-Americana, que não conseguimos trazer para o São Paulo. Foi um ano de competitividade, mais do que o ano passado, mas faltou um título”.
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