Gazeta Esportiva
O São Paulo lançou nesta terça-feira o livro “1992 – o Ano Eterno”, que celebra os 30 anos dos seus primeiros títulos da Libertadores e Mundial. O evento, realizado no estádio do Morumbi, contou com a presença de alguns ídolos do clube, incluindo o goleiro Zetti e o camisa 10 daquele time, Raí.
Ao todo, oito ex-atletas que fizeram parte do elenco comandado pelo técnico Telê Santana marcaram presença no evento para distribuir autógrafos a sócios torcedores do São Paulo que adquiriram o livro. Além de Zetti e Raí, Macedo, Mauricinho, Sérgio Baresi, Nelsinho, Marcos Bonequini e Vitor participaram da reunião dos campeões mundiais tricolores. Assim como Altair Ramos, ex-preparador físico.
O ano de 1992 foi um dos mais vitoriosos da história do São Paulo. A equipe, que já havia conquistado o título brasileiro no ano anterior, se sagrou campeã da Libertadores pela primeira vez, nos pênaltis, na final contra o Newell’s Old Boys, da Argentina. Meses depois, contra o poderoso Barcelona de Johan Cruyff, em Tóquio, no Japão, o Tricolor conquistou o Mundial ao bater os rivais por 2 a 1, de virada, com dois gols de Raí. De quebra, aquele time comandado por Telê Santana ainda conquistou o Campeonato Paulista em cima do Palmeiras.
“Retornar aqui depois de 30 anos, as lembranças são ótimas, rever os amigos também. Lembrando das histórias de 1992. 1992 marcou não só a história do São Paulo, mas a história do futebol brasileiro na Libertadores. Mudou completamente a maneira de como pensar a Libertadores, jogar a Libertadores. Se eu soubesse que em 30 anos íamos ter uma comemoração, com certeza ia anotar tudo para não esquecer das histórias. Vai passando o tempo e esquecemos de algumas histórias”, comentou Zetti, herói do título da Libertadores de 1992 ao defender a cobrança de pênalti de Gamboa.
O ano de 1992 também contou alguns outros troféus erguidos pelo São Paulo em uma tour pela Europa. Na Espanha, o time comandado por Telê Santana goleou o Barcelona, por 4 a 1, o Real Madrid, por 4 a 0, além da vitória sobre o Espanyol, por 2 a 1, para garantir os títulos do Troféu Teresa Herrera, Troféu Ramón de Carranza e Troféu Cidade de Barcelona. Ninguém foi capaz de parar aquele esquadrão tricolor.
“O que a gente conquistou representa o que o brasileiro sempre gostou, que é o futebol bem jogado, futebol arte e eficiente, ganhando tudo e ganhando com propriedade, se impondo não só na Libertadores, mas também no Mundial contra o Barcelona de Cruyff, que representava, comparando hoje, um time considerado um dos melhores da Europa. Se surpreenderam com a capacidade, com tudo o que o São Paulo construiu em alguns anos e conseguiu demonstrar dentro de campo com muita propriedade”, completou Raí.