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Considerado por muitos o convocado mais controverso de Tite para a Copa do Mundo, Daniel Alves pode ajudar os cofres do São Paulo com sua presença no Mundial do Qatar. Isso porque a Fifa vai pagar US$ 10 mil (R$ 53 mil) por dia que o jogador estiver à disposição de seu país.
Esta indenização é paga a todos os clubes em que o atleta atuou nos dois anos anteriores à Copa do Mundo de 2022. Como Daniel vestiu a camisa do São Paulo entre agosto de 2019 e setembro de 2021, o Tricolor tem direito a receber pouco menos da metade do valor pago pela Fifa.
Com a classificação do Brasil para as oitavas de final, os clubes pelos quais o lateral direito jogou vão dividir US$ 270 mil (R$ 1,4 milhão na cotação atual). O clube do Morumbi tem direito, até o momento, US$ 113 mil (R$ 599 mil).
O valor máximo pago pela entidade é de US$ 370 mil (R$ 1,9 milhão), caso a seleção do atleta cedido consiga chegar à final. Na hipótese de o Brasil avançar à decisão do Mundial, o Tricolor terá direito a receber R$ 822 mil.
Contratado em agosto de 2019, Daniel Alves chegou ao Morumbi com a missão de ser o líder técnico da equipe em campo. O clube apostava que o jogador, que vestiu a camisa 10, pudesse comandar o time. Por um momento, enquanto Fernando Diniz era o treinador, ele foi o líder que todos esperavam.
A derrocada no fim do Brasileirão de 2020, quando o São Paulo desperdiçou uma vantagem de sete pontos e perdeu o título nacional, mais os constantes atrasos no salário do jogador, azedaram a relação entre o atleta e a diretoria tricolor.
Assim, em setembro de 2021, as partes entraram em acordo e o contrato do jogador foi rescindido. Ficou acordado na ocasião que o São Paulo pagaria os débitos com o lateral em 60 parcelas de R$ 400 mil.
Ao todo, a Fifa vai distribuir US$ 209 milhões (R$ 1,1 bilhão) aos clubes que cederam jogadores para as seleções que disputam o Mundial.
O valor é calculado a partir do número de dias que cada jogador estará na fase final, começando duas semanas antes da partida de abertura até o dia seguinte à eliminação do time do jogador. Os clubes são recompensados
O reembolso para os clubes faz parte do Programa de Benefícios para Clubes da Fifa. O fundo foi criado em 2010, com uma parte dos lucros destinada exclusivamente aos clubes que aderiram ao programa.
O fundo aumentou significativamente durante a última década – de US$ 40 milhões para a África do Sul em 2010, para US$ 70 milhões para o Brasil em 2014. Na última Copa do Mundo, US$ 209 milhões foram distribuídos aos clubes, mesmo valor deste ano.