No Cruzeiro, Nikão nega problema com Rogério Ceni e revela decisão familiar para deixar o São Paulo

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Atacante atende sonho de mãe, já falecida, ao acertar com o Cruzeiro

Globo Esporte

O atacante Nikão revelou que um problema familiar o fez pedir para deixar o São Paulo e ser emprestado ao Cruzeiro. Ele garantiu não ter tido nenhum problema com o técnico do Tricolor e ex-Raposa, Rogério Ceni.

– Minha saída do São Paulo não foi porque eu tive problema com o Rogério, que ele não contava mais comigo. Pelo contrário. Foi o cara que a gente sempre se respeitou, nunca tivemos qualquer tipo de problema – afirmou na primeira coletiva no Cruzeiro, revelando o motivo de deixar o time paulista.

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– Minha saída do São Paulo foi por uma questão familiar. Não tive cabeça para estar nos treinos, nos jogos, sabendo que minha família não estava confortável. Conversei com meus empresários e achamos que era a melhor saída e decisão de deixar o clube pela saúde da minha família, pela alegria da minha família. Não tem nada a ver com a instituição, torcida, dirigente, presidente. Sempre tive respeito e o profissionalismo e o carinho de todos. Foi mesmo por uma questão familiar.

Nikão Cruzeiro — Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Nikão é natural de Montes Claro, norte de Minas Gerais. No seu anúncio, revelou que era cruzeirense quando criança. Ele já passou também pelos rivais Atlético-MG e América-MG.

O atacante de 30 anos revelou que, ao acertar por empréstimo de uma temporada com o Cruzeiro, realiza um sonho da mãe, que faleceu quando o jogador ainda era criança.

– Cruzeiro é o clube do meu do coração. Já falei do quanto eu torcia, é o clube da minha mãezinha, que está no céu, que perdi ela com oito anos, de câncer. Honra muito grande vestir essa camisa, quase todos meus familiares são cruzeirenses. Fico muito feliz de estar aqui – destacou o jogador.

Nikão chegou numa negociação em que também teve de abrir mão da parte econômica para acertar com o Cruzeiro. O jogador citou que também realiza um sonho pessoal.

– Não foi uma negociação tão simples, mas com o empenho dos dirigentes do Cruzeiro e do São Paulo. Estou muito feliz. Às vezes nem acredito que estou aqui, que o menininho novo, que corria nas ruas vendo o Cruzeiro campeão, lá em 2003, estar vestindo essa camisa agora.