Joia da base do São Paulo e ex-Real Madrid recomeça na Série D aos 23 anos

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Augusto Galván, do Azuriz Imagem: Reprodução/Instagram

Em 2017, a torcida do São Paulo lamentava a saída de Augusto Galván, meia destaque da base, para o Real Madrid. O Tricolor não conseguiu renovar o contrato e ficou com R$ 3,2 milhões como compensação. Seis anos depois, o atleta busca recomeço no Azuriz, clube paranaense que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro.

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Galván passou longe de vingar na Espanha, foi emprestado para clubes menores do país, não deixou saudade no Santos e agora começa praticamente do zero aos 23 anos.

O que aconteceu

Augusto Galván chegou ao Real Madrid em 2017, treinou por um período no time B e depois foi emprestado para Cultura Leonesa e Las Rozas, da terceira divisão do país.

Em 2021, Galván foi emprestado ao Santos e não disputou uma partida sequer pelo time profissional. O meia só teve oportunidades na equipe sub-23 e acabou dispensado.

Sem contrato com o Real Madrid, Augusto foi anunciado pelo Azuriz e começou o Paranaense como reserva. Tem três jogos e um como titular.

O que está por trás

Pessoas próximas a Augusto Galván admitem que a ida precoce ao Real Madrid foi um erro. O atleta não se adaptou e deixou de confiar em si mesmo.

No Santos, a avaliação é de alguma qualidade técnica, mas pouca intensidade e esforço nos treinamentos. Os técnicos Fernando Diniz, Fabio Carille e Fabián Bustos não se convenceram.

O Peixe, inclusive, traria Galván para a equipe B. Pressionado por reforços, porém, o presidente Andres Rueda ouviu o ex-gestor Walter Schalka e anunciou o atleta como reforço para o elenco profissional.

Alguns dirigentes do Santos entendem que Augusto Galván poderia ter vingado se treinasse no time B e depois fizesse a transição para o profissional. O status de “ex-Real Madrid” atrapalhou.

Curiosidade: o Santos assumiu os salários de R$ 80 mil durante o empréstimo do Real Madrid. No Azuriz, Augusto Galván teve o ganho mensal drasticamente reduzido.