Jhegson Méndez é o oitavo estrangeiro do elenco do São Paulo. O volante equatoriano foi apresentado nesta quinta-feira e minimizou possíveis problemas causados pelo alto número de atletas nascidos fora do Brasil no Tricolor.
Nas competições nacionais o técnico Rogério Ceni poderá relacionar apenas cinco estrangeiros por partida. Apenas na Copa Sul-Americana o São Paulo terá todos os seus atletas nascidos fora do País à disposição em uma partida. Por isso, muitos têm questionado a quantidade de “forasteiros” no plantel tricolor.
“Somos oito estrangeiros, sabemos que pelas regras só podem jogar cinco. Teremos que lutar pelas vagas. Às vezes vamos ser relacionados, outras vezes não seremos, mas temos que apoiar os companheiros que estiverem jogando. É importante saber que o companheiro te apoia mesmo sendo seu concorrente. Não vamos ter problema com isso’, disse Méndez.
Curiosamente, o volante equatoriano foi revelado pelas categorias de base do Independiente Del Valle, algoz do São Paulo na final da Copa Sul-Americana do ano passado. Jhegson Méndez comentou sobre o crescimento do clube que o projetou para o futebol, mas não ousou compará-lo com o Tricolor.
“Passei praticamente toda a minha infância futebolística no Independiente Del Valle, cheguei lá aos 11 anos. Passei toda minha vida lá. O Del Valle é uma equipe formadora de jogadores e de pessoas, sou muito agradecido por tudo que fizeram por mim”, afirmou o volante.
“O São Paulo é um time grande, campeão de muitas coisas, totalmente diferente a comparação, porque tem Libertadores, títulos diferentes, e o Del Valle vem tentando fazer isso, contratando jogadores que querem ser campeões. O São Paulo está sempre tentando ganhar campeonatos, e o Del Valle tem que se inspirar em clubes assim para seguir sendo um clube vencedor”, completou.
Após deixar o Independiente Del Valle, Jhegson Méndez atuou no futebol norte-americano, primeiro pelo Orlando City, onde foi companheiro de Alexandre Pato, e, mais recentemente, no Los Angeles FC. Na Major League Soccer, Primeira Divisão dos EUA, o volante equatoriano se acostumou com um nível de jogo inferior ao do futebol brasileiro, mas não acredita que isso poderá atrapalhá-lo na briga pela titularidade no São Paulo.
“Cada liga tem seu jogo. Aqui no Brasil há muito mais talento que nos EUA, a intensidade de jogo é diferente, as exigências são diferentes em cada posição. Mas, o importante é começar a trabalhar para que custe o menos possível me adaptar ao futebol brasileiro. Temos um grande treinador que vai ajudar nisso, os companheiros também”, concluiu.