São Paulo inaugura estátua para ex-técnico e ídolo Telê Santana no Morumbi

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Gazeta Esportiva

Lançamento da estátua de Telê Santana no Morumbi (Foto: André da Silva Costa)

O São Paulo inaugurou nesta quarta-feira, data de aniversário do clube, uma estátua em homenagem ao ex-técnico e um de seus maiores ídolos, Telê Santana. O monumento foi lançado no Morumbi, estádio do time tricolor, em evento que contou com a presença do atual presidente da equipe, Julio Casares, e também com o filho do ex-treinador, Renê Santana.

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“Que alegria neste momento estar na frente do estádio do Morumbi para fazer uma homenagem ao eterno Telê Santana, que fez o time brilhar nos mundos do futebol. Para nós são-paulinos os ídolos não morrem, são eternos. Que essa imagem fique de frente para o estádio para o torcedor que cantar o nome dele relembre os momentos e as conquistas”, celebrou Casares.

“Eu não sei o que é viver sem lembrar do legado do Telê. É diferente, eu lembro o tempo todo como se fosse uma lição de vida. Tenho certeza que eu, como filho, e todos os seus jogadores que participaram intensamente dessa história, que eram tratados pelo Telê com muito carinho, tem incrustado na alma essa grande história. Foi um tempo curto, mas foram os anos mais bem vividos intensamente para cada um de quem participou dessa história. Tenho certeza disso”, declarou Renê, em seguida.

A história de Telê no São Paulo é vasta é recheada de conquistas. O ex-treinador dirigiu a equipe em duas oportunidades: em 1973 e entre 1990 e 1996, este último período que ficou conhecido como a “Era Telê”. Foram, ao todo, dez títulos vencidos no intervalo de tempo.

O Tricolor sagrou-se campeão da Copa Intercontinental, torneio reconhecido pela Fifa nos dias atuais como o Mundial, em 1992 e 1993. Levantou também a taça da Libertadores nos mesmos anos, a Supercopa Sul-Americana em 1993, a Recopa Sul-Americana em 1993 e 1994, o Campeonato Brasileiro em 1991 e, por fim, o Paulistão, em 1991 e 1992.

Além disso, foi o comandante quem apostou no talento de jogadores como Raí, Antônio Carlos Zago, Cafu e Leonardo e Elivélton. Ele é, sem dúvidas, o maior técnico da história do clube, apelidado pelo torcida como “Mestre”, figurando ao lado de outros nomes como Muricy Ramalho, Paulo Autuori, Rubens Minelli e Cilinho.

Ao todo, Telê soma 410 compromissos sob o comando do São Paulo (198 vitórias, 121 empates e 91 derrotas). Como mandante, venceu 120 de 181 jogos disputados – além de 41 empates e apenas 26 reveses. Já como visitante, foram registrados 223 jogos, com 78 vitórias, 80 empates e 65 derrotas.

A primeira vez que Telê Santana dirigiu o Tricolor foi em 21 de janeiro de 1973, no empate por 0 a 0 com o Guarani, um amistoso em Campinas. A despedida aconteceu em 27 de janeiro de 1996, também em um empate, contra o Rio Branco, de Americana, pelo Estadual.

As equipes de Telê eram conhecidas pela ofensividade e pelo futebol bem jogado. O ex-técnico veio a falecer no dia 21 de abril de 2006, em Belo Horizonte, depois de ficar internado por cerca de um mês devido a uma infecção intestinal, que desencadeou uma série de outras complicações.

Técnico com maior número de títulos oficiais pelo São Paulo: 10

Técnico com maior número de títulos, no geral, do São Paulo: 22

Técnico com maior número de jogos em única passagem: 381 partidas (1990-1996)

Técnico com maior número de dias como efetivo do clube: 1935 (1990-1996)

Técnico com maior idade no comando do time do São Paulo: 64 anos e 51 dias (1996)

Técnico com maior invencibilidade em jogos como mandante na Libertadores: 15 compromissos