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Após a vitória por 1 a 0 sobre o Santo André na tarde de hoje (5), o técnico Rogério Ceni elogiou o plantel do Tricolor e disse que espera fazer com a equipe dispute de igual para igual com as principais forças do futebol brasileiro na temporada.
Esperamos fazer um time competitivo para fazer frente aos principais times. Talvez um time sem o mesmo entrosamento do Palmeiras, o refino do Flamengo, ou a capacidade de contratação do Atlético-MG, mas ser consistente diante desses adversários.”
disse Ceni, em coletiva de imprensa pós-jogo.
Análise do jogo: “Demos oportunidade para o Neves, trocamos os pontas. Tivemos sempre o controle do jogo, mas precisamos ser mais objetivos, chegar com mais contundência ao gol. Tivemos duas ou três chances mais claras e cedemos chances a eles por indecisão. Podemos melhorar. Aqui a bola é mais viva, quica mais”.
Estreia do Erison: “Gostei bastante. Cai, bate, levanta e não reclama com o árbitro, Brigador, com bom arranque nos 5, 10 metros finais. Claro que ainda não tem muito treinamento, mas mostrou que será muito útil no ano, podendo jogar até junto com o Calleri em determinados momentos. Acho que é bem provável que ele esteja presente na quarta, até por isso deixei o Erison até o final. Ele reclama desde o ano passado, fez jogos seguidos neste ano e vem sendo forçado. Chegamos no consenso de que seria bom tratar alguns dias, mas já deve estar à disposição para treinar amanhã”.
Comparação com time de 2022: “É uma equipe que me agrada mais na maneira como joga, com mais velocidade. Claro que você perde um pouco quando pega times muito fechados. Fizemos um jogo de igualdade contra o Palmeiras. Nos outros, times tivemos o controle, mesmo na derrota para o Corinthians. Podemos melhorar bastante. A volta de jogadores que estão no DM, principalmente na defesa é importante. Só temos os dois zagueiros”.
Possibilidade de contar com Patryck, que defende a seleção sub-20: “Pode ser utilizado no profissional. Não tem as características do Welington, ele fica mais. Por isso até o Caio Paulista, mesmo sem ter a marcação como a principal virtude, veio, pois se assemelha mais. Porém, sem dúvidas, pode integrar a equipe profissional. O Nathan foi uma decisão da direção, que tinha emprestado. Ainda está um pouco verde, ainda não teve uma sequência de jogos. Vai ser útil nesse momento, pois pesa para todos não ter substituto. Enquanto não tiver Rafinha, Vinícius e Igor Moreira ele pode ser utilizado”.
Beraldo: “Gosto, é um menino que trabalha bem todos os dias. Ele acaba errando mais, pois arrisca, constrói mais do que a maioria dos zagueiros. Tem sido muito útil e é uma peça fundamental para gente. É o momento que terá para crescer, deve ter uma sequência diante de Red Bull e Santos. É uma das boas revelações que vieram de Cotia”.
Elenco: “Estou satisfeito. Insatisfeito, ou triste, por não poder usufruir de 10 jogadores desse elenco. Dentro do que nós temos, se tomos estivessem em condições, teríamos mais opções de jogo, não teríamos tanto desgaste como do Beraldo, Alan Santos e Orejuela. Com o elenco inteiro e bem fisicamente, dá para melhorar o rendimento, jogar mais e competir com a maioria das equipes do Brasileirão”.
Está mais ‘leve’ esse ano? “Estou 5 kg mais pesado (risos). Gosto, temos mais opções. É um time, com um sistema de jogo que dá mais prazer de jogar, com mais transições rápidos. Éramos o time que menos tinha dribles no Brasileiro em 2022, hoje somos o que mais tem dribles no campeonato. Vamos tentar melhorar a cada dia para chegar em condição melhor na fase mais importante da competição”.
Vaias ao Nestor: “Quando saiu, estava 0 a 0. Cometeu erros que fazem parte do jogo. Sempre sou favorável ao torcedor manifestar essa insatisfação mais ao final. Temos que trabalhar psicologicamente e procurar absorver. Também conversei com Orejuela nessa semana. Depois de vaiais, não tem como piorar mais. Eu, Kaká e Luís Fabiano já fomos vaiados, isso é inerente ao jogo. Se estivesse ganhando, talvez fosse diferente. Torcedor é impulsivo, quer ver a vitória. Quando acabou o jogo, todos estavam cantando. É ter maturidade para voltar e seguir a jornada”.
Projeção para o ano: “A situação do clube vem melhorando, está se esforçando para trazer alguns jogadores. Foi um bom equilíbrio entre a saída e a entrada de jogadores. Trocamos o modelo de jogo, as peças, mas isso não onerou ao clube, que diminuiu a folha de pagamento e a dívida. Esperamos fazer um time competitivo para fazer frente aos principais times. Talvez um time sem o mesmo entrosamento do Palmeiras, o refino do Flamengo, ou a capacidade de contratação do Atlético-MG, mas ser consistente diante desses adversários. Claro que eles continuam à frente. Estou contente com o elenco que tenho hoje. A tendência é estar mais forte para o decorrer das competições”.
Lesões: “Na parte que a gente mais precisava ter os jogadores, neste momento, estamos sofrendo. Meu medo é que a necessidade de utilizar Franco e Beraldo todo jogo é ter uma lesão. Não tivemos lesão muscular, são lances de pancada, torção. Se a gente conseguir ter esses jogadores para treinar antes das finais, será de extrema importância. Para o início do brasileiro, devemos ter mais rodízio e disputa por vagas. Deveremos estar mais bem servidos. Torcer para não machucar os que são únicos em suas posições neste momento”.