LANCE
Mal começou a fase de mata-mata do Campeonato Paulista, e o São Paulo convive com o vazamento de algumas sondagens feitas a atletas que conseguiram se destacar nos estaduais pelo Brasil, em equipes pequenas.
Depois de Bill, da Inter de Limeira, nomes como de Luciano Naninho, do Volta Redonda, e John Kennedy, da Ferroviária, acabaram vindo à tona nos últimos dias como prováveis alvos do clube do Morumbi para as disputas de Campeonato Brasileiro, Copa Sul-Americana e Copa do Brasil, após o primeiro trimestre.
A procura de talentos em equipes menores já era acertado entre o técnico Rogério Ceni e a diretoria de futebol, segundo o LANCE! apurou. Faz parte da ‘economia de gastos’ e ‘montagem modesta de elenco’ colocadas em prática após a não-classificação para a Copa Libertadores no ano passado.
Até aí tudo bem, não fosse um problema: a bruxa das contusões voltou a dar as caras no CT da Barra Funda. E entre chegada de contratações e volta de atletas emprestados ou promovidos das categorias de base, o Tricolor acumula 39 peças no plantel, um dos mais inchados entre os grandes do futebol brasileiro. Contando nomes da base em Cotia que chegaram a aparecer em trabalhos com os profissionais, o número chega a 43.
Situação que seria fácil de resolver, novamente, se não tivesse o problema das contusões. Nomes como Orejuela, por exemplo, eram dados como negociáveis. Até que a necessidade obrigou sua escalação. E houve rendimento dentro de campo.
Salvo o trio carioca Flamengo, Vasco e Botafogo, que utilizou categorias de base no início do Estadual, ninguém usou tantos jogadores entre os 12 grandes do futebol brasileiro quanto o São Paulo até agora na temporada: 30 atletas.
E apesar do rodízio, o Tricolor garantiu antecipadamente sua vaga na fase mata-mata. O que faz Ceni prometer que, entre os contundidos, só jogará nos titulares quem de fato mostrar empenho e qualidade nos treinamentos.
Até para decidir o que se fazer com tanto jogador em seu plantel, o São Paulo decidiu internamente que a prioridade é antes definir o que se fazer. A crise financeira, como se sabe, persiste.
Há o entendimento interno, segundo o L! apurou, de que ainda existem posições deficientes, como a zaga. Mas em outras há até excesso de jogadores, como no gol e na lateral-direita, por exemplo. E esse será um ponto a ser discutido internamente. É enxugar primeiro antes de definir mais chegadas.
Até aqui, apenas Liziero deixou o Morumbi com o Paulistão em andamento. E mesmo assim foi para agilizar o retorno de Nathan, emprestado ao Coritiba. Por isso, tão logo termine sua participação no Estadual, serão avaliadas sondagens recebidas, como pelo próprio Nathan e Gabriel Neves, por exemplo. Tudo para abrir espaço para a vinda de nomes aprovados por Ceni e sua comissão.