UOL
Em cinco jogos disputados até o momento no Campeonato Paulista, o São Paulo venceu dois, empatou dois e foi derrotado em um. O Tricolor marcou gols em três deles, e somente em uma dessas partidas Galoppo não esteve em campo, no revés para o Corinthians. Ou seja, com o argentino jogando, a equipe do Morumbi aumenta seu poderio ofensivo.
Vítima do alto número de estrangeiros no elenco (oito no total), o argentino lida com o mesmo problema que todos os seus companheiros gringos estão enfrentando. O limite imposto é de somente cinco relacionados por jogo, desta forma, ficou de fora de dois duelos até o momento: nos clássicos com o Palmeiras e com o Corinthians. No Choque-Rei, um empate sem gols. No Majestoso, o Tricolor foi derrotado pela primeira vez no ano, por 2 a 1.
Mas não se trata somente de uma coincidência ou talvez relacionado a um certo misticismo, onde Galoppo pode ser visto como um ‘amuleto da sorte’. A presença e o desempenho do argentino, de fato, influencia no aproveitamento do time nas partidas.
Para entender este ponto, é só ver os números. Dos sete gols marcados pelo São Paulo nesta temporada, três deles pertenceram a Galoppo – atual artilheiro do time. E de todos os jogos que esteve em campo, o único que entrou como titular foi no clássico contra a Portuguesa – quando marcou dois. O outro gol aconteceu no triunfo contra a Ferroviária – quando ficou somente 14 minutos em campo e foi o responsável pelo desempate.
Em dados estatísticos, Galoppo também se destaca. Contra o Ituano, por ter ficado somente nove minutos em campo, não finalizou nenhuma vez. Contra a Ferroviária, das 25 finalizações do São Paulo (16 erradas e nove certas), duas pertenceram ao argentino (e uma resultou em gol).
Contra a Lusa, das 20 finalizações do Tricolor, quatro ficaram na conta do jogador. Neste jogo em questão, Galoppo foi improvisado pela primeira vez em sua carreira como um centroavante e não como um meia, como costuma jogar. A ausência de Galoppo na única derrota do São Paulo foi algo citado até mesmo por Rogério Ceni, após o Majestoso da última semana.
– Galoppo não joga de lateral-direito. Tinha o Méndez, que é volante, Calleri como centroavante, os dois zagueiros. Precisei por um lateral de origem, por isso ele ficou fora. Talvez foi um erro nosso de planejamento ter esses jogadores e não poder utilizá-lo. Para usar Galoppo, devo tirar um desses jogadores – explicou o treinador durante a coletiva de imprensa após o término da partida.
Entretanto, contra o Santo André, neste próximo domingo (5), o meia argentino deve estar entre os relacionados. Muito porque uma vaga de estrangeiro ‘ficou livre’.
Arboleda voltou a sentir dores na tendinite no joelho – que lhe tirou do duelo contra a Portuguesa. Assim, o equatoriano deverá ser poupado contra o Ramalhão – o que dá espaço para o meia. No meio-campo, Méndez deve ser poupado também. Agora é ver se Giuliano Galoppo balançará as redes mais uma vez.