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Gabriel Neves se firmou como titular do São Paulo em 2022 como primeiro volante antes de sofrer uma séria lesão no joelho direito. Recuperado, o volante uruguaio vem recebendo poucas oportunidades na nova temporada por causa do limite de estrangeiros, mas, com alguns deles machucados, voltou a ser relacionado e, inclusive, tem atuado em outra posição.
A chegada de Jhegson Méndez e o retorno de Luan, lesionado no ano passado, fizeram com que a concorrência pela vaga de primeiro volante aumentasse. Por outro lado, Rogério Ceni tem poucas opções para o papel de segundo volante, e Gabriel Neves pode acabar sendo deslocado para essa posição, atuando um pouco mais avançado.
Na última quarta-feira, contra a Inter de Limeira, o uruguaio jogou como segundo volante, mas teve dificuldades para atender as demandas de Rogério Ceni no primeiro tempo. Na etapa complementar, após instruções do treinador, Gabriel Neves melhorou, contribuindo para a goleada no Morumbi.
“No primeiro tempo fomos um pouco lentos, tivemos alguns problemas de ajuste de posicionamento. O Neves tentamos na função de segundo volante, mas baixou demais”, comentou Rogério Ceni.
Acostumado a construir o jogo como primeiro homem de meio-campo, Gabriel Neves agora tenta se adaptar a uma nova maneira de atuar do São Paulo, que vem recorrendo aos zagueiros na saída de bola.
“Jogamos com muitos jogadores atrás da linha deles. Quando conseguimos enfiar mais jogadores entre as linhas deles, conseguimos as melhores oportunidades. Não precisávamos construir com quatro, com cinco jogadores. Com dois, três, já era suficiente. No segundo tempo o Neves foi mais à frente, conseguiu se posicionar melhor dentro de campo, mesmo sem trocas no começo. Aí sim conseguimos desempenhar melhor o futebol que treinamos na véspera do jogo”, completou Ceni.
Além de Gabriel Neves, Rodrigo Nestor e Talles Costa também podem exercer a função de segundo volante. Resta saber como o uruguaio irá se comportar nas próximas oportunidades em que fizer o papel no meio-campo do São Paulo.
