Treinador e mandatário comentaram sobre situação desesperadora vivida neste ano
LANCE
Nenhum times do futebol brasileiro teve tantas baixas em seu elenco por contusão quanto o São Paulo. Em menos de quatro meses de temporada, nada menos que 19 jogadores passaram pelo departamento médico tricolor por algum tipo de problema clínico.
O número, evidente, não reflete a realidade atual do clube, mas é o suficiente para que as principais lideranças tenham que vir a público dar explicações.
E o primeiro a falar sobre o tema foi o técnico Rogério Ceni. À ‘TV Bandeirantes‘, creditou a situação ao fato de que precisou escalar os mesmos jogadores constantemente.
– Tivemos quatro lesões musculares no começo desse ano e eu acho que é muito em decorrência da ausência destes jogadores por cirurgia. Quando você diminui muito o seu elenco é preciso usar mais os mesmo jogadores mais vezes e acaba forçando demais, e o nosso time joga com intensidade alta, numa rotação grande.
– Aqui nós temos muitas lesões de joelho, muitas cirurgias, lesões que são imprevisíveis, com relação a cansaço. Quando você tem uma lesão como a do Ferraresi, do Diego, do Rafinha, torsão de tornozelo, como a Calleri, do Moreira, lesão do cruzado, do Caio também. Essas lesões fogem do controle e as pessoas demoram do tempo de recuperação, realmente o departamento de Fisioterapia foi bastante reformulado e se encontra hoje numa situação muito melhor, bons profissionais trabalhando – completou Ceni.
Além dele, o presidente Julio Casares também comentou à ‘ESPN’ a situação do clube, que não fica desde abril com seu departamento médico vazio. E saiu em defesa dos profissionais do Reffis.
– Nós temos profissionais sérios. O próprio Ceni colocou outro dia as reformas que fizemos, de infra-estrutura. Mexemos, melhoramos muito.
Para o mandatário, uma avaliação mais sincera será feita após o término do Paulistão. Mas há fatores que precisam ser levados em consideração.
– Estamos em uma pré-temporada e muitas das lesões são de trauma. O São Paulo está tranquilo, está avaliando tudo o que está acontecendo: essas variantes todas de calendário, de clima, isso tudo contribui. Mas tudo no São Paulo é avaliado por períodos, mas com muita serenidade. Prezamos por respeito aos profissionais e a condição física dos atletas – completou.
– O departamento médico é consequência do que é trabalhado no treino, no jogo, do calendário exaustivo e tudo isso será tratado no tempo certo – apontou o mandatário são-paulino.
Nesta terça-feira (7), em atividade no CT da Barra Funda para os jogadores que não atuaram na vitória contra o Botafogo-SP, no final de semana, o zagueiro Arboleda iniciou o trabalho de transição após desfalcar o Tricolor com uma tendinite no joelho direito.
Arboleda não joga desde a derrota para o Corinthians, em 29 de janeiro. Desde então, são sete jogos fora. O jogador realizou trabalho nesta manhã com fisioterapeutas no CT da Barra Funda com outros companheiros contundidos. O elenco tricolor está de folga e só retoma os treinamentos na quarta-feira (8).
Arboleda se junta a três casos em especial que são cercados de expectativas da comissão técnica: o zagueiro Diego Costa e os atacantes Caio Matheus e Erison. Os três iniciaram a transição física no decorrer da última semana. E a expectativa é que possam ser “reforços” no duelo ante o Água Santa, pelas quartas de final do Paulistão.
O tempo durante a semana até o jogo também ‘alivia’ a condição do zagueiro Beraldo, poupado na vitória ante o Botafogo-SP no final de semana após sentir um desconforto muscular.
A partida no interior marcou o retorno aos campos de três nomes do plantel: Orejuela, Welington e David. Todos devem ser titulares diante do Água Santa.
HOSPITAL SÃO PAULO
(A situação atual de contundidos do Tricolor)
EM TRANSIÇÃO
(5 jogadores)
Arboleda, Erison, Diego Costa, Beraldo e Caio Matheus
PASSARAM POR CIRURGIA
(4 jogadores)
Ferraresi, Igor Vinícius, Talles Costa e Moreira
EM TRATAMENTO CONVENCIONAL SEM PRAZO PARA VOLTAR
(3 jogadores)
Rafinha, Calleri e André Anderson