Falcão relembra curta passagem pelo São Paulo e admite que ‘com outro treinador talvez não voltaria ao futsal’

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Falcão teve algumas passagens polêmicas pelo futebol de campo

LANCE

Falcão jogou no São Paulo por seis meses em 2005 (Foto: Eduardo Viana/Lancepress!)

Um dos maiores jogadores da história do futsal mundial, Falcão teve algumas breves passagens pelo futebol de campo – uma delas vestindo a camisa do São Paulo. Durante um evento poliesportivo estudantil, o ídolo brasileiro relembrou este momento de sua trajetória.

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Falcão começou sua carreira no futebol de salão ainda na infância, em 1991, no Clube de Campo Associação Atlética Guapira – localizado na zona norte de São Paulo. Em duas décadas como esportista, passou por onze clubes do futsal e teve algumas curtas passagens pelo futebol de campo. Pelo Tricolor paulista, chegou a vestir a camisa em 2005.

Entretanto, esta não foi sua primeira experiência na modalidade. Em 2001, chegou a treinar pelo Palmeiras, após uma indicação de Ademir da Guia, mas disputou somente duas partidas amistosas. Inclusive, pela equipe alviverde, sempre destacou que só conseguiu chegar até o time graças ao ídolo palmeirense.

No ano seguinte, teve uma curta – e polêmica -, passagem pela Portuguesa. Lá, ficou um período treinando até sofrer uma suposta lesão, que o afastaria por cerca de três meses. Entretanto, este laudo teria ‘sumido’. Na época, Falcão chegou até a comentar que estava sendo ‘boicotado’ por Edu Maragon, treinador da Lusa naquele momento.

Assim, em 2005, arriscou mais uma vez. Agora sim, no São Paulo. Durante o evento, chegou a contar para a reportagem do LANCE! como foi sua passagem pelo clube do Morumbi. Segundo suas palavras, fez uma ótima estreia, mas nem chegou a ser relacionado no jogo seguinte. No caso, seu primeiro jogo pela equipe foi contra o Ituano.

Foram apenas 13 partidas disputadas. Entretanto, o ídolo do futsal afirmou que não se arrepende de ter passado pelo clube, relembrando que, até os dias atuais, a torcida tricolor se lembra deste momento. Ainda destacou que foi essencial para resolver voltar ao futsal – que foi o que sempre gostou mais. Inclusive, esteve no elenco que foi campeão do Paulista e da Copa Libertadores daquele mesmo ano. Ficou apenas seis meses no Tricolor, mas admitiu que, talvez com outro treinador, poderia não ter voltado ao futsal.

– O passado foi muito legal, se eu tivesse outro treinador talvez eu não teria voltado para o futsal, teria ficado no campo. É mais fácil (o campo), me identifiquei. Minha estreia foi positiva, sem treinar. Se você tem uma boa intenção, você joga. Fui bem, a imprensa falou muito e no outro jogo não fui relacionado. Começaram a falar ‘ah o presidente quem trouxe’, então isso começou a atrapalhar muito no futebol, então é o que eu falei. A torcida do São Paulo fala como se fosse ontem, mas hoje vi que a melhor coisa foi ter ido, tido a experiência e voltado para o futsal – disse sobre sua passagem.

Na época, a ida de Falcão foi tratada como um ‘plano de marketing’, movido pelo presidente do São Paulo na época – Marcelo Portugal Gouvêa. Porém, não teria tido o aval do técnico Emerson Leão – o que causou uma grande polêmica na época também. Depois deste episódio, nunca mais voltou ao futebol de campo, seguindo sua carreira somente no futsal.

– O que eu amo fazer é jogar futsal. O São Paulo me deu três anos de contrato para que eu continuasse e eu estava feliz de estar voltando, estava alegre. Eu teria ido para o São Paulo pela valorização de imagem do time – relembrou.

Pelo futsal, Falcão acumulou inúmeros títulos e é considerado um dos maiores nomes da modalidade no mundo. No futebol de campo, é lembrado mais pelas polêmicas passagens, mas jamais escondeu que sempre se identificou com o futebol de salão.