Mais uma vez? Igor Vinícius não foi o único jogador que departamento médico do São Paulo libera e ‘volta pior’

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Caso de Igor Vinícius não é o primeiro em que departamento médico libera e ‘volta pior’

LANCE

Igor Vinícius e Arboleda eram titulares no ano passado e agora estão reféns do departamento médico (Foto: Divulgação/São Paulo)

O começo da semana no CT da Barra Funda parecia estar trazendo, enfim, um pouco de paz para o São Paulo no que diz respeito ao departamento médico e alto número de lesões. Isso porque alguns atletas, que estavam há várias semanas afastados, aparentavam estar evoluindo. Um dos principais exemplos foi Igor Vinícius.

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O lateral-direito tinha jogado pela última vez na partida contra a Ferroviária, pelo Campeonato Paulista. Desde então, começou a apresentar um quadro de pubalgia que persistia. Nesta semana, porém, voltou a treinar normalmente com o restante da equipe e, ao que tudo indicava, seu retorno parecia próximo. Mas ao se tratar do São Paulo, a paz raramente dura muito.

Nesta sexta-feira (3), depois de uma semana inteira de evoluções, o jogador voltou a sentir dor. Mas agora a situação parece pior ainda: terá que passar por cirurgia para resolver este problema no púbis. Mas um ponto chama atenção. Esta não é a primeira vez que o departamento médico ‘libera’ um jogador e ele retorna com um quadro pior.

Ao tratar de casos que se tornaram cirúrgicos, parece estar se tornando algo frequente. No último ano, aconteceu parecido com Diego Costa. Assim como Igor Vinícius, era titular absoluto no setor defensivo tricolor.

A última vez que o zagueiro entrou em campo foi na final da Copa Sul-Americana, contra o Independiente Del Valle, em outubro. Desde então, foi apresentado um quadro de tendinite no joelho. A ideia era um tratamento conservador, uma vez que até então não aparentava ser nada grave. Mas não foi bem assim.

Em dezembro, precisou passar por um procedimento cirúrgico, para a retirada de fragmento ósseo do joelho esquerdo. Até o momento, não retornou. São quase cinco meses afastado. Mas até a decisão da cirurgia ser tomada, foram dois meses optando por um tratamento convencional.

Diego Costa não entra em campo desde outubro (Foto: Divulgação/ São Paulo FC)

Luan também é outro exemplo. Em outubro de 2021, sofreu uma lesão séria na coxa. No caso, uma avulsão tendínea, quando o músculo se desloca do osso. A priori, era esperado que ficasse um mês afastado.

Optando também por um tratamento sem cirurgia, demorou para voltar. O jogador só retornou aos gramados em março do último ano. Parecia que tudo estava ocorrendo da forma esperada, que estava recuperado.

Entretanto, em junho entrou contra o América-MG e ficou somente 22 minutos em campo. O motivo? Sentiu fortes dores na coxa, mais uma vez, e deixou o gramado de maca e chorando. Desta vez não houve escapatória. Precisou passar por cirurgia. Retornou em setembro do último ano, após um tratamento em tempo ‘recorde’.

Estes foram alguns exemplos de situações que viraram casos cirúrgicos. Mas constantemente o departamento médico tem enfrentado problemas relacionados à recorrência de lesões. No último ano, um dos mais comentados foi Nikão.

Na temporada passada, chegou como um dos reforços mais ‘estrelados’ e esperados do Tricolor. Porém, perdeu praticamente metade dos jogos da temporada.

A primeira lesão foi constada em abril, com um quadro de trauma no tornozelo. Ficou fora por cinco partidas. No mês seguinte, voltou a sentir dores na região. Perdeu mais 14 partidas. Em agosto, o tornozelo deixou de ser problema e aí lesionou a coxa, também com uma avulsão no músculo adutor. 

A última vez que jogou pelo Tricolor foi justamente em agosto, contra o Fortaleza – onde ficou três minutos em campo e se machucou. Nesta temporada, assinou com o Cruzeiro. Já disputou cinco partidas pela equipe mineira e marcou dois gols.

Na última temporada, Jandrei foi outro exemplo. Depois da saída de Tiago Volpi, o goleiro havia assumido a posição de titular. Em julho, portanto, contra o Fluminense, levou uma pancada nas costas e deixou o gramado sentindo dores. Nos primeiros exames realizados, não foram constatados nenhum trauma ou lesão. Assim, ficou em tratamento no Reffis e voltou a campo após algumas semanas, contra o América-MG. 

Porém, no final de julho, retornou ao departamento médico mais uma vez. Agora, com uma fratura na região lombar diagnosticada. Algo que antes não havia sido relatado.

Se recuperou e voltou a ser relacionado um mês depois, em agosto. Entretanto, nunca mais retornou ao posto de titular. Na época, Felipe Alves foi contratado para substituir e tomou a posição.

Jandrei foi liberado pelo DM e dias depois foi constatada uma fratura na região lombar (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)

Alisson, no último ano, também sofreu com o histórico de lesões. No caso, uma entorse no joelho o tirou de campo por praticamente 50 dias. Pouco tempo depois, apresentou um quadro de edema na coxa, que o afastou por dois meses. 

Recentemente, outro caso que também está sendo comentado no assunto ‘lesões do São Paulo’ é a recuperação de Arboleda.

Ano passado, perdeu boa parte da temporada após sofrer uma lesão dupla no tornozelo. Além de uma fratura, rompeu os ligamentos e teve que passar por cirurgia em junho. Retornou ao São Paulo somente este ano. De prontidão, voltou para a titularidade na zaga. Entretanto, virou desfalque mais uma vez. Agora, com um quadro de tendinite no joelho e sem previsão de retorno – que ao que tudo indicava, já devia ter acontecido. A última vez que o equatoriano jogou foi contra o Corinthians, no dia 29 de janeiro.

Calleri vai insistir no erro?

Diante a todas estas recorrências de lesões e problemas com ‘tratamentos convencionais’, o caso Igor Vinícius pode acender um alerta. Será que vale a pena Calleri arriscar este método conservador para tratar seu tornozelo sabendo as péssimas experiências dos companheiros?

Nesta temporada, o camisa 9 começou a apresentar um quadro de dores no tornozelo. Ficou três jogos fora, mas como o LANCE! apurou, mesmo liberado com dores, se sacrificou e retornou aos gramados.

Exames realizados constataram que a lesão era mais grave do que imaginava. Diante a isso, duas opções: uma cirurgia que poderia afastá-lo por sete meses ou tentar um método mais conservador – que se desse certo, o tiraria de campo por dois. 

Pelo lado do estafe são-paulino, o desejo era por uma operação. Para ajudar na decisão, especialistas em lesões de tornozelo foram consultados e ajudarão no tratamento. Porém, foi escolhido não fazer a cirurgia. 

Se der certo, ótimo. Mas como visto anteriormente, dado o histórico de problemas parecidos no departamento médico, talvez seja ‘persistir no erro’.