Clube dificilmente fará grandes contratações diante dos problemas financeiros
O São Paulo passou por uma grande reformulação no início da temporada, com a saída de mais de uma dezena de jogadores e a chegada de 10 atletas, contando o lateral Raí Ramos, apresentado nesta semana. A partir de agora, às vésperas das principais competições, a postura será mais cautelosa por parte da diretoria.
Diante de problemas financeiros evidentes, refletidos em uma dívida de R$ 586,5 milhões no fim do ano de 2022, conforme número ao qual o ge teve acesso, o clube agirá apenas em “oportunidades” para reforçar o elenco de Rogério Ceni.
Dificilmente um reforço impactante formará parte do elenco são-paulino nesta temporada. Embora não tenha elenco fechado para Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão, o São Paulo age com cautela diante de questões econômicas.
Um exemplo recente ocorreu na negociação com o lateral-esquerdo Jamerson, visado no mercado para ser alternativa a Welington, que operou o tornozelo recentemente.
O jogador do Guarani tinha nome aprovado no clube, mas a concorrência se mostrou alta demais. O São Paulo chegou ao limite financeiro para uma proposta e viu clubes como Santos, Inter e Coritiba aparecerem fortalecidos para levar o jogador.
Quem chegou recentemente foi Raí Ramos, que, em uma “oportunidade de mercado”, deixou o Ituano após o Paulistão para reforçar o time do Morumbi.
– Quem tem dinheiro e saúde financeira é quem dá as cartas no mercado. Fizemos o possível dentro do que poderíamos trazer e chegamos a duas finais e semifinal da Copa do Brasil – disse o presidente Julio Casares, ao ge, em conversa nesta semana.
No ano passado, o São Paulo chegou a investir R$ 81 milhões em reforços, incluindo Wellington Rato e Rafael, que chegaram para 2023.
Neste ano, com a queda da dívida geral, o poderio de compra do clube aumentou, mas a eliminação precoce no Paulista e problemas no fluxo de caixa limitam os movimentos do clube neste momento e geram obstáculos internos, como o atraso de dois meses nos direitos de imagem de jogadores.
– O São Paulo tem poder maior de compra agora. Você vai adquirindo credibilidade, musculatura no mercado. Voltamos sem loucura, mas compramos Alan Franco e Méndez, jogadores que o técnico e o clube precisavam – comentou o presidente.
– Ninguém fala que não tem dificuldade. Uma coisa é resultado econômico, outro é fluxo de caixa. Não é porque tenho superávit que tenho dinheiro de caixa. As pessoas não entendem isso. O resultado econômico me leva a uma musculatura no mercado, principalmente para fora – acrescentou.
Entre os desejos da diretoria está a renovação do empréstimo do zagueiro Ferraresi, que se recupera de uma cirurgia no joelho e tem compromisso até o meio do ano. O venezuelano pertence ao Manchester City.
Em entrevista à ESPN no Paraguai, depois do sorteio da Sul-Americana, o diretor Carlos Belmonte disse que o clube procura um lateral-esquerdo e um meio-campista, que ocuparia a vaga deixada por Galoppo. O argentino operou o joelho, está na Argentina e deve retornar somente na reta final da temporada.
Globo Esporte
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